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Vereador tucano é preso por estelionato

Por Agencia Estado
Atualização:

O vereador Gilberto Roberto Kubica (PSDB), de Monte Azul Paulista, na região de Ribeirão Preto, foi preso preventivamente, acusado de estelionato, na noite de anteontem, pela polícia de Bebedouro. Kubica desobedeceu uma determinação judicial, que bloqueava as contas bancárias de suas filhas, Lucimara e Luciana, das quais teria emitido cheques usados em licitações fraudulentas e emissões de notas fiscais frias pela prefeitura. Ele foi algemado e está preso numa cela comum da Cadeia de Bebedouro. O Ministério Público do município pediu ainda o afastamento do vereador da Câmara e aguarda uma decisão do Tribunal de Justiça (TJ) sobre uma ação civil pública que envolve também o prefeito Jackson Plaza (PTB) e outros funcionários públicos. O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino investiga irregularidades em licitações da prefeitura desde agosto de 2002, inclusive desvio de verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). No primeiro inquérito, a Justiça determinou a indisponibilidade dos bens e o bloqueio das contas do vereador e de suas filhas. Porém, ele continuou emitindo cheques em nome das filhas. O comerciante Nivaldo Córdoba, há alguns dias, sentindo-se lesado, procurou Nicolino para denunciar que cheques, que somam cerca de R$ 4 mil, voltaram. Assim, o promotor instaurou um inquérito policial por estelionato e pediu a prisão preventiva de Kubica, que foi acatada pelo juiz Marcos Therezeno Martins. "Pedi a prisão preventiva do vereador por conveniência da instrução criminal, do processo, e por garantia da ordem pública", diz o promotor Nicolino. A operação para cumprir o mandado de prisão de Kubica foi comandada pelo delegado José Eduardo Vasconcelos, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Bebedouro. A família de Kubica não se manifestou ontem e nem revelou quem seria seu advogada de defesa. Nicolino pediu ao Tribunal de Justiça o afastamento de Kubica, do prefeito Plaza e dos funcionários públicos de seus cargos. A liminar não foi aceita, mas o mérito da ação ainda não foi julgado. Num dos esquemas fraudulentos em licitações, o prejuízo do cofre público é de cerca de R$ 80 mil, pagos a empresas inativas e com notas falsas.

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