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Vereadores do Rio querem reduzir violência em boates

Por Agencia Estado
Atualização:

Os constantes casos de violência em casas noturnas, muitos envolvendo lutadores de artes marciais, levou a Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) a elaborar uma lei para tentar conter os brigões. O exemplo veio da Câmara Municipal, que no mês passado aprovou projeto de lei que determina a instalação de câmeras de vídeo e detectores de metal nas boates da capital. Amanhã, o deputado Paulo Melo se reúne com empresários e parentes de vítimas de agressões para discutir formas de coibir a violência. Melo é o autor do projeto de lei que prevê o cadastramento dos freqüentadores de boates. O projeto seria votado hoje, mas foi retirado da pauta a pedido dos empresários e deve voltar ao plenário da Alerj na quinta. Os estabelecimentos terão de registrar digitalmente os documentos de identidade de seus clientes. A idéia é criar um cadastro comum de brigões para impedi-los de entrar nas boates. O projeto recebeu duas emendas. Uma estabelece que os dados só sejam liberados para a polícia por meio de ofício assinado pelo secretário Estadual de Segurança Pública, pelo chefe da Polícia Civil ou pelo comandante da Polícia Militar. A outra, que o equipamento seja capaz de registrar a fotografia do cliente e a gravação da identidade. O caso mais recente de violência ocorreu na noite de domingo, na boate Dito & Feito, no centro. O produtor Flávio Cremona, de 28 anos, foi internado com um coágulo no cérebro após ter sido espancado por Fábio Lustosa de Araújo Primo, de 23, praticante de luta livre. Cremona foi agredido porque conversava com uma ex-namorada de Primo. Com traumatismo e fraturas no crânio e suspeita de descolamento na retina, a vítima passou dois dias na UTI da Clínica Ênio Serra, em Laranjeiras (zona sul), onde ainda ficará internado por uma semana em observação. Primo, que hoje prestou depoimento, foi autuado na 4.ª Delegacia Policial (Praça da República) por lesão corporal grave. Segundo testemunhas, o agressor chutou a cabeça de Cremona depois que ele estava desacordado.

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