Vice de Alckmin diz que pesquisa CNT/Sensus é "muito estranha"

Alckmin mostrou queda de 7,5 pontos e aparece com 19,7% das intenções de votos

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Por Agencia Estado
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O candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB), senador José Jorge (PFL-PE), qualificou a pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira, 8, pela Confederação Nacional do Transporte, de "muito estranha". A pesquisa mostrou queda de 7,5 pontos das intenções de votos no candidato tucano à Presidência, e causou surpresa ao comando político de sua campanha. "O resultado é muito estranho, porque esta pesquisa apresenta índices diferentes dos de outros institutos e difere, também, dos números dos Estados a que tivemos acesso", afirmou. José Jorge não fez críticas, mas disse que é preciso aguardar a divulgação de outras pesquisas, nesta semana, para fazer uma análise mais profunda. Ilógica Mesmo prevendo, na semana passada, que Alckmin poderia perder alguns pontos na pesquisa, seus aliados não esperavam que a proporção fosse tão alta. "A pesquisa é ilógica, mas é preciso que os técnicos façam uma análise detalhada sobre o universo e a metodologia da sondagem", disse o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), um dos coordenadores da campanha de Alckmin. Segundo ele, o PFL já encomendou análises técnicas de especialistas em pesquisas, entre eles o cientista político Antônio Lavareda, que trabalha para o partido. Tasso suspeita Surpreendido com a pesquisa CNT/Sensus, que apontou uma queda de mais de sete pontos do candidato tucano, Geraldo Alckmin, à presidência da República e crescimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), pôs em dúvida o resultado da sondagem divulgada. Apesar de cauteloso e preferindo aguardar outras pesquisas, Tasso Jereissati afirmou: "Não sou de desacreditar em pesquisas, mas não acredito nesse resultado, pois não bate com as sondagens internas que temos". Em almoço com o coordenador da campanha de Alckmin, senador Sergio Guerra (PSDB-PE), o presidente do PSDB fez uma avaliação da pesquisa. Segundo o comando tucano não há elementos novos que justifiquem uma queda tão brusca no candidato. "As pesquisas internas não dizem isso", comentou, na mesma linha Sergio Guerra, acrescentando que recebeu notícias favoráveis a Alckmin do interior do Rio de Janeiro e estados do sul do País. Manter estratégia O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), minimizou o resultado da pesquisa. "Pesquisa tem demais. Geraldo Alckmin tem cerca de 30% nas sondagens que temos. Não imaginamos nenhuma mudança substantiva antes do horário de propaganda eleitoral gratuita", afirmou. Segundo ele, Alckmin não deve alterar a estratégia de seu programa eleitoral por conta do resultado desta pesquisa. "Falta poucos dias para começar a se definir ´a campanha´", disse, em referência ao início da propaganda eleitoral na televisão, no próximo dia 15. Alckmin caiu de 27,2% das intenções de votos na sondagem feita em julho para 19,7%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu de 44,1% em julho para 47,9%; a candidata do PSOL, senadora Heloísa Helena, cresceu de 5,4% em julho para 9,3% agora.

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