Vice-governador diz que acidente foi falha na engenharia

Segundo Alberto Goldman, embora o volume de chuvas em janeiro tenha sido elevado, esse é um fenômeno que também é previsível

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Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-governador de São Paulo e secretario estadual de Desenvolvimento, Alberto Goldman, disse acreditar que o motivo da causa do acidente ocorrido nas obras da linha amarela do Metrô tenha sido uma falha de engenharia. Segundo ele, embora o volume de chuvas em janeiro tenha sido elevado esse é um fenômeno que também é previsível. "Do ponto de vista da engenharia a única coisa que eu posso dizer, sem culpar o consórcio, sem culpar ninguém, é que houve uma falha na engenharia do processo. Onde se localizou essa falha, quem falhou e como falhou só a investigação vai dizer", afirmou ao chegar à abertura da Couromoda, no final da manhã desta segunda-feira, 15, no Anhembi, em São Paulo. "Sou um engenheiro formado, fui secretário dos transportes, portanto acompanhei e acompanho obras há muito tempo. É claro que há fatores que, eventualmente, levam a um episódio como esse. Se não tivesse havido um grande volume de chuvas talvez não tivesse acontecido o que aconteceu. Mas o grande volume de chuvas é previsível também. Ou seja, em uma tragédia como essa há uma responsabilidade da engenharia no processo feito. Ou seja, a engenharia, em algum momento, falhou", acrescentou. Investigações De acordo com Goldman, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) começará as investigações a respeito do acidente assim que o local for liberado e as buscas pelas vítimas sejam finalizadas. Na avaliação de Goldman, não houve menosprezo por parte do governo no tratamento do acidente das vítimas da obras e dos moradores da região. "A Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Justiça, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos e o Metrô são todas áreas do governo responsáveis, sob diversos aspectos, pelo enfrentamento dessa tragédia." Goldman descartou a possibilidade das obras serem canceladas e o contrato com o consórcio ser rompido. "Não há porque cancelar um contrato de tais dimensões. Os responsáveis têm de pagar em todos os sentidos: do ponto de vista moral, financeiro e político", analisou. "Evidentemente, a cidade não deve sofrer com a paralisação de uma obra tão importante que já deveria ter sido feita há pelo menos 30 anos", finalizou.

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