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Vigas de 20 toneladas removidas de viaduto somem no Rio

Elas haviam sido retiradas de duas rampas de acesso ao elevado da Perimetral; conselho regional de engenharia calcula o prejuízo em R$ 100 mil

Por Fabio Grellet e Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - Seis vigas de aço de 40 metros de comprimento por 60 cm de largura, que pesam 20 toneladas cada, desapareceram de um depósito no Caju, na zona portuária do Rio. As vigas, pertencentes à prefeitura, haviam sido retiradas de duas rampas de acesso ao elevado da Perimetral (via expressa semelhante ao Minhocão paulistano), que liga o centro, Avenida Brasil (zona norte) e Ponte Rio-Niterói.

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Construído entre as décadas de 1950 e 1970, com 5,5 km de extensão, o elevado será demolido e, até 2016, substituído por túneis e vias expressas, de acordo com o projeto da prefeitura. Ele está sendo desmontado gradualmente. Por enquanto foram demolidas duas rampas de acesso. Delas restaram 18 vigas, feitas em aço corten, material nobre que resiste à maresia e a variações climáticas por pelo menos 300 anos.

Doze dessas vigas foram reaproveitadas na inversão de uma rampa da Avenida Barão de Tefé, na região. As outras seis vigas também seriam reaproveitadas em fases futuras das obras da zona portuária. Elas haviam sido armazenadas em um terreno oferecido pela prefeitura à Concessionária Porto Novo, contratada para realizar as obras. O suposto furto foi descoberto na terça-feira, 8.

O caso foi definido como "inacreditável" pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Segundo ele, as vigas são patrimônio público e o prejuízo será cobrado da concessionária. "Nós vamos responsabilizar a concessionária do porto, que é quem faz as obras ali e que tem a obrigação de tirar as vigas e de guardá-las para a prefeitura. Isso é um absurdo", acrescentou Paes.

A prefeitura não soube estimar o valor das vigas. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ)  calcula o prejuízo em R$ 100 mil. A Concessionária Porto Novo informou que "adotará todas as medidas cabíveis para apurar devidamente o caso". A assessoria do grupo não soube informar se o desaparecimento foi comunicado à polícia.

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