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Vigia é morto em assalto em mercado

Tiroteio ocorreu em agência do Bradesco dentro de Carrefour no Morumbi; cerca de 200 pessoas estavam no local

Por Ana Carolina Moreno
Atualização:

Um assalto a uma agência do Bradesco dentro de um hipermercado Carrefour no Morumbi, zona sul da capital, ontem, deixou um vigilante morto e outro ferido. Quase 200 pessoas, entre clientes e funcionários da loja, circulavam perto do local. Eram 9h40 quando três assaltantes armados com fuzis abordaram três vigilantes da transportadora de valores Transbank, que verificavam o caixa eletrônico do banco. Depois que um dos vigilantes, Marcelo Batista Domingues, reagiu ao assalto, teve início uma troca de tiros dentro da agência, que continuou pela esteira rolante que dá acesso ao andar inferior. Segundo pessoas que trabalham no local, foram disparados cerca de 30 tiros de fuzis. O funcionário da transportadora José Ramos da Silva, de 35 anos, foi baleado e morreu no local. O terceiro vigilante, Samuel Rodrigues Neto, de 34, também foi alvejado. Passou por cirurgia e seu quadro era estável até o início da noite de ontem. Os assaltantes fugiram com o malote da transportadora contendo documentos e correspondência de clientes do Bradesco, mas sem dados confidenciais. O veículo usado na fuga, um Golf preto, havia sido roubado na tarde de anteontem no Butantã, na zona oeste. O proprietário do carro, um homem de 24 anos, contou à polícia que foi abordado pelo passageiro de um Corsa, que parou atrás de seu carro num semáforo. O dono do Golf nem sequer sabia a placa do veículo, comprado horas antes em uma revenda em Osasco, na Grande São Paulo. "Ele saiu dirigindo e ligou duas horas depois dizendo que tinha sido assaltado", contou o dono da revenda, Fernando Bertini, de 37 anos. BUSCAS Os assaltantes abandonaram o Golf na esquina de uma rua em obras que fica a 10 minutos do Carrefour. No carro, os policiais encontraram marcas de sangue. Eles também apreenderam em uma casa da região um par de calças manchadas de sangue. Os policiais levaram fotos obtidas das câmeras do circuito interno do banco para o local, na esperança de que os vizinhos reconhecessem os suspeitos. Ninguém havia sido preso até a noite de ontem. José Ramos da Silva, o vigilante morto, nasceu em Triunfo (PE). Era casado, tinha dois filhos e trabalhava havia três anos como segurança. Até o início da noite de ontem, o corpo dele ainda estava no Instituto Médico-Legal (IML). Ele deve ser enterrado em São Paulo. Adriana Edite da Silva, do departamento de pessoal da Transbank, afirma que ele é o primeiro vigilante em 18 meses a morrer em serviço.

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