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Vigilância superior à do Louvre

Câmeras doadas têm sensores de movimento e presença

Por Rodrigo Pereira
Atualização:

A um mês do aniversário do furto de duas de suas principais obras, o Masp estréia amanhã seu renovado sistema de segurança, avaliado em R$ 1 milhão. O projeto, elaborado e implementado pela divisão brasileira da empresa que equipa o Museu do Louvre (em Paris), a LG Security Sistem, é "o sistema mais avançado do mundo em museus", nas palavras da multinacional. O sistema inclui sensores de movimento e de presença. Ao todo foram instaladas 96 câmeras indestrutíveis de alta definição - as que captam imagens externas têm zoom de 440 vezes e são capazes de mostrar detalhes de uma pessoa a mais de 100 metros de distância. No interior da instituição, as câmeras são capazes de identificar até um pequeno desalinhamento de um quadro na parede, além de contar com sensores de aproximação das obras - se um visitante ultrapassar a linha demarcada de segurança, uma voz gravada fará o alerta. Uma das novidades trazidas pela empresa ao Masp é justamente o dispositivo de presença nas câmeras: mesmo que uma pessoa saia do enquadramento das imagens captadas, os vigilantes são avisados na sala de controle que há alguém no local que não está sendo gravado. Além da sala de controle instalada no museu, outra próxima receberá todos os alertas e imagens. Será um centro de monitoramento reserva, para os casos de eventual invasão da sala blindada de monitoramento. FURTO A renovação do sistema de segurança do museu foi acertada com a LG Security em janeiro, após o furto dos quadros O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, e O Lavrador de Café, de Cândido Portinari. A precariedade da investida - os ladrões invadiram o Masp com pé-de-cabra, após duas tentativas frustradas, com o sistema de alarme desligado e com péssimas imagens da ação - e o endividamento da instituição motivaram a doação e o pagamento da manutenção dos equipamentos pela empresa, em troca da exposição de sua logomarca.

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