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Vilma foi acusada de tentativa de assassinato em 1986

Por Agencia Estado
Atualização:

Vilma Martins da Costa, de 47 anos, tentou assassinar uma mulher em Goiânia em maio de 1986, cinco meses depois de ter seqüestrado o menino Osvaldo Borges Júnior da maternidade Santa Lúcia em Brasília. Além da tentativa de homicídio, ela ainda respondeu a outros quatros processos na Justiça: dois por estelionato, danos e difamação. Uma de suas vítimas se diz apavorada e não quer comentar o assunto. ?Tenho medo. Não quero mexer nisso?, afirmou. Depois de várias ameças de morte, a tentativa de homicídio aconteceu em 15 de maio de 1986 no setor Bueno, um bairro de classe média alta em Goiânia. O motivo foi porque um sobrinho da vítima foi a um motel com uma das filhas de Vilma. Ao volante de um carro ? que não foi identificado ? Vilma perseguiu por várias ruas Maria Alves dos Santos, que, na época, tinha 44 anos e estava em um mobilete. De acordo com o depoimento da vítima à Justiça e a que o Jornal da Tarde teve acesso, ela afirmou que, por mais que tentasse fugir de Vilma, esta a perseguiu por várias ruas do bairro, até que não conseguiu mais fugir do cerco da agressora. Por volta das 16h30, ao entrar na rua T5, que fica no bairro Bueno, Vilma jogou o carro sobre ela. Maria Alves caiu e se feriu gravemente, tendo costelas quebradas e várias fraturas além de ter perdido a mobilete. Maria Alves registrou ocorrência na Delegacia da Mulher de Goiânia. Em seus depoimentos à Justiça, a mulher agredida disse que ela e sua família estavam sendo ameaçadas de morte por Vilma há cerca de dois meses. Segundo a vítima, tudo começou porque seu sobrinho, cujo nome não consta do processo, foi a um motel com uma das filhas de Vilma, que também não foi identificada. Ao saber disso, Vilma procurou o rapaz. Assustado, ele entrou na casa de sua tia Maria Alves. A partir dessa data, Vilma passou a perseguir a família e a ameaçá-los de morte. O inquérito chegou ao Fórum de Goiânia em maio de 1988. Vilma nunca foi ouvida porque os oficiais de Justiça não conseguiam encontrá-la, já que mudava de endereço constantemente. Como não existiam testemunhas, o caso acabou sendo arquivado provisoriamente em 29 de agosto de 1991. Maria Alves se mudou do prédio de classe média onde morava no setor Bueno e nenhum de seus vizinhos da época tem notícias dela. ?Simplesmente sumiu?, disse uma antiga moradora. O diretor do Fórum de Goiânia, o juiz Eduardo Siade, disse que, em tese, o crime ainda não prescreveu, mas na prática, sim, já que nenhum juiz condenaria Vilma pela pena máxima. Entretanto, ele garantiu que, se a vítima tiver interesse, o caso poderá ser reaberto. Um dos processos a que Vilma e sua filha mais velha, Carla, responderam foi na 12ª Vara Criminal de Goiânia por difamação. A vítima, a funcionária pública, Nilza de Fátima Barbosa, de 46 anos, não quer nem comentar o caso. ?Foi terrível o que elas fizeram comigo. Mas não vou contar porque é até difícil falar sobre o assunto. Fiquei tão atordoada que até retirei o processo.? O caso foi arquivado em 19 de fevereiro de 2000. Em junho desse ano, foi arquivado no 3º Juizado Criminal o processo movido pela administradora Rosângela Maria Calaça Kovaciu por danos. Vilma respondeu ainda por estelionato em outros dois processos. Em um deles, que tramitou na 5ª Vara Civel, teve que pagar R$ 10 mil para uma empresa de Goiânia, a Pereira e Cia Ltda. O pagamento aconteceu em março de 1987. O outro golpe foi contra a empresa Rio Negro Ltda. No processo, que foi arquivado em 19.12.1987, não consta o valor do pagamento.

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