Vilma pode ser presa por falsificação

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Por Agencia Estado
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A polícia de Goiás investiga a falsificação de duas procurações que podem levar a empresária Vilma Martins para a cadeia. O delegado Antonio Gonçalves confirmou nesta quinta-feira ao Estado que Vilma está envolvida na falsificação de dois documentos com assinaturas falsas de Pedrinho e de sua irmã Roberta Jamilly. As procurações dão plenos poderes a Vilma para que ela recebesse o seguro de R$ 26 mil feito por seu ex-marido Osvaldo Martins Borges em favor de Roberta e Pedrinho. Pedrinho confirmou ao delegado que não assinou o documento, e só descobriu a falsificação quando esteve no Cartório de Registro Civil da Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia para, com a irmã, assinar uma procuração em favor de Vilma. Em seu depoimento, Pedrinho contou ao delegado que Vilma ficou surpresa quando ficou sabendo que já existia uma procuração falsificada em seu favor. "O garoto disse que a mãe ficou desentendida", afirmou. Acompanhado de seu advogado, Pedrinho estava tranqüilo e prestou um depoimento rápido, de apenas duas páginas. Para o delegado Gonçalves, as declarações de Pedrinho foram "importantes" para esclarecer algumas dúvidas sobre a falsificação dos documentos. Gonçalves revelou que o envolvinmento de Vilma na falsificação começou a ser descoberto depois do depoimento do digitador Vítor Rotoli, de 42 anos, que confessou ser o autor das falsificações. Ele disse que fez o "serviço" a pedido de Vilma, mas nunca teria sido recebido. "Este é um crime grave e os envolvidos podem ser até presos", afirmou o delegado. O inquérito deve ser concluído na segunda-feira, mas o delegado não quer estipular uma data para pedir a prisão da empresária. "Eu não mandon prender. Quem prende é a Justiça", disse. Na quarta-feira, Gonçalves ouviu Roberta Jamilly sobre o caso, e a garota confirmou que também não tinha conhecimento da existência dos documetos. "As assinaturas de Roberta e Pedrinho foram reconhecidas como falsas por eles próprios", contou o delegado. O inquérito sobre o seqüestro de Roberta Jamilly também teve andamento. O delegado Gonçalves ouviu Rosimar Martins, irmã de Vilma, que lembrou detalhes sobre a época do "nascimento" de Roberta. Rosimar contou à polícia que Vilma foi levada ao hospital de Itaguari, onde daria à luz, por José Dias, que na época era motorista do industrial Jamal Rassi - apontado por Vilma durante 23 anos como pai de Roberta. "Não tenho mais dúvidas de que o parto em Itaguari foi forjado", afirmou o delegado, que pretende intimar Dias para ser ouvido. Ele pretende concluir o inquérito e remetê-lo à justiça na próxima semana.

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