Violência vitima aposentado e adolescente no PR

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Por Agencia Estado
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O aposentado Luiz Laurindo da Silva, de 77 anos, foi morto na noite do último sábado, no Bairro Uberaba, em Curitiba, por uma bala perdida, provavelmente desferida pelo segurança do Supermercado Santa Catarina, Márcio de Souza, de 30 anos. O segurança foi autuado por homicídio e está preso no 7º Distrito Policial em Curitiba. O laudo de exame de balística ainda não foi concluído pelo Instituto de Criminalística. Segundo as informações repassadas pela Polícia Militar ao 7º DP, o supermercado tinha sido assaltado, e, quando o assaltante corria em direção à sorveteria, onde o aposentado trabalhava, houve troca de tiros. Um dos projéteis acertou o peito de Silva, que deixava o serviço naquele instante. Por ele estar na linha de fogo do segurança, a primeira conclusão é que o tiro que o matou tenha partido deste. O assaltante conseguiu fugir. A pistola 765, registrada em nome do segurança, foi apreendida. PM mata jovem Na madrugada do último sábado, o estudante Anderson Froese de Oliveira, de 18 anos, foi morto com um tiro na cabeça, após uma abordagem feita pela Polícia Militar, no Bairro Parolin. O rapaz estava com um adolescente, A.E.A., de 16 anos, que está detido na Delegacia do Adolescente, por porte ilegal de arma. Os policiais alegaram que os dois estavam armados e teriam atirado contra a viatura, o que os levou a responder também com tiros. Os familiares de Oliveira não quiseram dar declarações nesta segunda-feira e informaram que ainda não constituíram advogado, mas neste domingo eles tinham negado que o rapaz andasse armado. A PM instaurou inquérito, mas o coronel José Paulo Betes, comandante do 13º Batalhão, em Curitiba, disse nesta segunda que os dois policiais agiram no "estrito cumprimento do dever policial". Os policiais disseram ter sido acionados pelos proprietários de um restaurante, onde houve uma tentativa de assalto por dois rapazes de bicicleta. Os policiais do serviço reservado fizeram uma busca e teriam encontrado os dois suspeitos na Avenida Marechal Floriano. Como teriam sido recebidos ostensivamente, responderam e acertaram um tiro na testa de Anderson. Ele ainda foi levado ao Hospital do Trabalhador, mas não resistiu. "Se houve excesso, o inquérito policial vai apurar", disse o coronel. Os policiais estão afastados do serviço de rua. A Delegacia de Homicídios também apura o caso. O adolescente detido confirmou informalmente à Polícia Civil que Anderson teria dado um tiro contra o carro descaracterizado da polícia, que teria apenas um giroflex. Ele disse que não conhecia Anderson e que, quando andava pela rua, este teria chegado e lhe dado uma arma, com a qual foi detido. O delegado Sebastião Ramos Santos Neto aguarda os laudos e depoimentos de testemunhas para confrontá-los com o relato do adolescente e dos policiais, visto que ainda há muitas questões obscuras. Foram apreendidos um revólver 38 e uma pistola 380.

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