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Violento confronto entre camelôs e guardas em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A região central de São Paulo parou nesta sexta-feira à tarde. Era mais um confronto. Camelôs e 80 homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM) entraram em choque. Pelo menos 9 ambulantes foram detidos e 6 guardas atingidos por pedras - elas estavam em caçambas no calçadão da Rua Direita, onde são feitas obras de recuperação do piso. Todas as lojas das ruas que formam o calçadão do chamado Centro Velho foram fechadas. A GCM isolou a área por volta de 12h30. O comércio só reabriu às 16 horas, com a chegada da Polícia Militar. O tumulto começou na Rua 25 de Março, com a ação de fiscais da Administração Regional da Sé, que apreenderam material vendido por ambulantes sem autorização. Pedras e revólveres Os fiscais passaram pela Ladeira Porto Geral até o Centro Velho, onde começou o confronto. Segundo o inspetor-chefe de agrupamento da GCM, Carlos Eduardo Vieira Padilha, alguns camelôs resistiram à apreensão das mercadorias e começaram a atirar pedras. "Foi depois disso que os fiscais pediram reforço à GCM?, disse. Os ambulantes negam. Dizem que os policiais chegaram batendo. "A correria começou quando eles agrediram um rapaz, que nem era camelô?, afirmou o vendedor de bonés Alexsandro Oliveira dos Santos. O reforço da GCM chegou por volta das 13 horas, com 80 homens. Muitos deles, armados, chegaram a apontar revólveres para os manifestantes. Cães da guarda também foram levados ao calçadão. Lojas e trânsito Camelôs e guardas metropolitanos protagonizaram então cenas que lembravam o último confronto ocorrido na Rua 25 de Março, em 20 de junho, que terminou com cinco feridos e dois presos. Assustados com a quantidade de pedras, os comerciantes baixaram as portas e o trânsito chegou a ser interrompido em algumas ruas ao redor da Praça da Sé. As vias e o calçadão ficaram tomados por pedras atiradas não apenas por camelôs, mas por pessoas que passavam na região. O alvo eram os guardas metropolitanos, que isolaram o trecho que forma o quadrilátero em torno da Rua Direita. Um rapaz chegou a ser atingido por uma pedra na cabeça, enquanto tentava entrar num prédio na esquina da Rua Direita com a Quintino Bocaiúva. Ações vão continuar "Não dá para saber quem está certo e quem está errado numa situação dessas. Parece uma guerra", disse o corretor de imóveis Wilson da Cruz, que tentava fugir das pedras. A assessoria de imprensa da Administração Regional da Sé informou que as ações contra camelôs que atuam na região vão continuar. Segundo a assessoria, é proibido o comércio ambulante em todas as ruas do calçadão do Centro Velho. Alguns, entretanto, têm licença para trabalhar, mas a regional não soube precisar quantos.

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