Virada Esportiva vai até as 14 h

Evento, que poderá ser fixo em SP, levou atividades físicas a mais de 200 pontos da capital

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Por Thais Kuzman
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No início da tarde, logo depois que Pelé, o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab anunciaram a abertura da primeira edição da Virada Esportiva em São Paulo, Isabela Rivoredo, de 3 anos, já acompanhava todos os movimentos indicados pelo instrutor de tae kwon do no Parque da Juventude, zona norte. Em mais de 200 pontos da cidade, começava uma maratona de 24 horas de atividades esportivas que só deve terminar às 14 horas de hoje. Agitada, Isabela não quis parar para conversar. "Gosto de esportes e acho importante participar de eventos como este com minha filha", disse a mãe, Aline Rivoredo, de 33. "Deixamos as portas abertas para a população ocupar os espaços públicos e se exercitar", disse Kassab na abertura. "Assim como a Virada Cultural, esta festa veio para ficar." O prefeito afirmou que o evento deve entrar para o calendário oficial de São Paulo. Serra disse que pretende estender a programação para outras cidades. "A Virada Esportiva ajuda na integração social ." Pouco antes da cerimônia, Serra foi abordado por humoristas do programa Pânico, da Rede TV!, que pediram que ele oficializasse a Dança do Siri, criada por eles, como esporte nacional. Bem-humorado, Serra respondeu que a decisão cabia ao governo federal e recebeu dois beijos na cabeça. No Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste, que recebeu 8 mil pessoas entre 14 e 20 horas, a ordem foi radicalizar. Parede de escalada, rampa de skate e clínica de patins atraíram jovens para o local. "Nunca tentei escalar uma parede destas", contou a estudante Marília Castelli, de 17 anos. Ela ficou mais de 30 minutos na fila. Para outra atração muito procurada, uma "viagem" dentro de uma bola inflável, a espera era ainda maior. "Fiquei na fila por mais de uma hora, mas valeu cada minuto. É muita adrenalina", disse o manobrista Fabiano Santos, de 29. O Parque do Trote, na Vila Guilherme, zona norte, teve capoeira e ginástica olímpica. Enquanto Mariana Gonçalves, de 5 anos, tentava seguir os passos da ginasta Daiane dos Santos, o pai, Cláudio, de 32 anos, limitou-se a gingar. "É muito bom quando tem espaço para toda a família." No Centro Olímpico do Ibirapuera, na zona sul, houve uma peneira para selecionar atletas para equipes de 11 modalidades. Das 18 às 6 horas de hoje estavam previstos jogos de futebol americano. Seriam disputadas três partidas da liga paulista. Na madrugada, haveria oficinas de flag, variação do esporte com menos contato físico. Às 20 horas, um trecho da Rua Aspicuelta, na Vila Madalena, virou pista de dança. Professores de academia tiravam para dançar pessoas que estavam nos bares, lotados, da região. O evento, com músicas caribenhas, samba-rock e forró, deveria acabar à meia-noite.

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