Vistoria de casas perto da cratera deve acabar nesta terça

Trabalhos foram intensificados durante a manhã; duas casas vão ser demolidas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Defesa Civil de São Paulo pretende terminar as vistorias nas casas próximas à região do acidente na Estação Pinheiros do metrô ainda nesta terça-feira, já que os trabalhos foram intensificados e recomeçaram por volta das 8 horas. Agentes e engenheiros da Subprefeitura de Pinheiros e da Defesa Civil vão fazer a vistoria de 50 a 56 residências, sendo que outras duas casas deverão ser demolidas. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, a preocupação agora é diminuir o perímetro de segurança na região com a liberação de algumas residências mais distantes da cratera. Na segunda-feira, apenas cinco das 55 casas interditadas na sexta-feira, após o desabamento nas obras da Estação Pinheiros do Metrô da capital paulista, foram liberadas depois do início das vistorias da Defesa Civil, acompanhadas pelos proprietários. Até as 21 horas, outros dois imóveis foram interditados e dois estavam demolidos. "Esperamos que as vistorias das 55 casas terminem em até 72 horas. Só iremos liberar a entrada se os imóveis estiverem seguros e em condições de serem habitados, com água, luz e gás", disse coronel da Defesa Civil Jair Paca de Lima. Os proprietários ou inquilinos dos imóveis foram obrigados a deixá-los após o acidente, pois havia risco de desmoronamentos e também da queda da grua instalada na obra. "Meu imóvel foi interditado e não posso mais utilizá-lo. A casa está cheia de rachaduras. Ainda não sei o que vou fazer", disse o analista de sistemas Rene Castilho, de 47 anos, dono da casa interditada na Rua Capri, 195, que estava alugada. "Acho que eles vão demolir a casa", afirmou. Um depósito na Rua Gilberto Sabino, 200, também foi interditado. A proprietária Aida Duarte, de 37 anos, estava inconsolável. "É desse aluguel que tiro o meu sustento. Já falei com o engenheiro (do consórcio) e ele disse que vou receber, mas estou com medo de ficar sem dinheiro, de perder tudo." Até segunda-feira, só houve uma demolição completa de casa na Rua Capri, onde também funcionava um estacionamento. Já a casa 162 foi demolida parcialmente.

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