A polícia prendeu, na tarde deste domingo, 19, Luiz Eduardo Cirino, 29 anos, suspeito de matar, na madrugada de sexta-feira, 17, Sebastião Esteves Tavares, 71, e Ilda Gonçalves, 68, no bairro de Perdizes, em São Paulo. Segundo a polícia, Cirino, que era vizinho do casal, ligou neste domingo para a polícia e confessou ser o autor do crime. Ele combinou com os policiais que se entregaria na igreja Nossa Senhora de Fátima - a mesma que Sebastião freqüentava -, onde entregou a roupa que usara no dia do crime, toda manchada de sangue. De lá, a polícia levou o criminoso à 23ª Delegacia de Polícia (DP), onde prestou depoimento. Em seguida, foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em seu depoimento, Cirino contou que, às 3h de quinta, com um capuz na cabeça e uma faca nas mãos, saltou o muro da casa dos idosos com intenção de roubá-los. Ele disse que escolheu tal horário porque esperava que ninguém estivesse acordado. Porém foi surpreendido por Ilda, que abriu a porta da casa para ver o que se passava no quintal. Cirino, então, esfaqueou a idosa, que morreu no local. Ele entrou na casa e, na sala, encontrou Sebastião acordado. Assustado, o criminoso estocou a faca no idoso. Em seguida, foi ao banheiro, onde o filho dos idosos, Rogério Gonçalves Tavares, de 42, tomava banho. Lá, ele atacou Tavares e o amarrou. Em um quarto, o assassino encontrou Isaura Gonçalves, avó de Rogério, e também a amarrou e a trancou no banheiro. De volta à sala, Cirino se deparou com Sebastião, ferido, tentando escapar. Ele, então, correu até o idoso e o esfaqueou mortalmente. Irmã A irmã de Cirino, cujo nome não havia sido anunciado, passava na frente da casa onde ocorreu o crime quando ouviu gritos. Assustada, ela alertou porteiros da vizinhança, que ligaram para a polícia. Não há provas de que ela seja cúmplice do irmão. Após se entregar, policiais foram à casa do criminoso e encontraram a faca e o capuz usados no dia do crime. A polícia informou também que já suspeitava de que o autor do assassinato fosse algum conhecido do casal devido ao capuz. Informações iniciais indicam que Cirino tinha uma passagem pela polícia por roubo. Matéria ampliada às 18h35