
24 Dezembro 2013 | 09h47
Texto atualizado às 12h55.
VITÓRIA - Voluntários que queriam passar a madrugada coletando e distribuindo mantimentos em Vila Velha, região metropolitana de Vitória (ES), encontraram portões fechados no Tartarugão, ponto organizado pela Prefeitura para coletar e distribuir doações vindas de toda a cidade, na noite desta segunda-feira (23).
Até agora, 14 pessoas morreram e cerca de 46 mil estão desabrigadas por causa das fortes chuvas que atingem o Estado, segundo a Defesa Civil. Nesta terça, 24, a presidente Dilma Rousseff estará na região.
Moradores de Vila Velha contam que, por falta de veículos públicos para atender os atingidos, carros particulares e caminhões de empresas estão fazendo o serviço.
"Passamos o dia percorrendo a cidade, principalmente o Jardim Mazilandia, onde a situação é crítica. As pessoas estão com fome, nem dá para conversar direito com elas. Queríamos passar a noite levando alimentos para elas, mas o centro de distribuição fechou às 22h", conta o empresário Joy Dias Araújo, de 30 anos.
"Tem muita doação que chega lá. O problema é que não tem gente para levar até os bairros", afirma o estagiário Igor Modoto Nogueira, de 25 anos.
A orientação passada pelos funcionários da Prefeitura de Vila Velha aos voluntários era oferecer ajuda no centro de distribuição de Vitória, localizado na Praça do Papa, região turística da cidade -- local que já tem mil toneladas de mantimentos. Mas o expediente do local também se encerrou às 22h.
"Como podem parar, sem organizar turnos? As pessoas isoladas estão sem beber, sem material de higiene, é uma situação desesperadora", contou outro voluntário.
Em Vitória, carros particulares não pararam de chegar durante a noite com doações. Quem queria distribuir o material para os necessitados ficou para ajudar a descarregar e organizar mantimentos, águas e roupas.
A informação era que, nos supermercados, tanto as cestas básicas quanto os garrafões de água estavam em falta.
A reportagem não conseguiu contato com representantes das Prefeituras de Vitória e Vila Velha para entender porque os centros estavam fechados. Uma funcionária do centro de Vitória criticou a Prefeitura, dizendo que a burocracia estava atrapalhado a ajuda voluntária.
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