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Voos começam a ser retomados no país após caos por vulcão

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Por Redação
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As companhias aéreas começaram a retomar no início da noite de sexta-feira os voos para o Sul do país e para parte da América do Sul, já que a nuvem de cinzas expelida pelo vulcão chileno Puyehue estava se dissipando. Segundo boletim do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) da Força Aérea Brasileira, a nuvem se deslocava a uma velocidade média de 80 quilômetros por hora e "deve estar totalmente sobre o mar depois de 23h". A Gol disse ter retomado pousos e decolagens em Chapecó, Florianópolis, Navegantes e Joinville, em Santa Catarina, e Caxias do Sul e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, assim como para Montevidéu (Uruguai) e os aeroportos Ezeiza e Aeroparque, em Buenos Aires (Argentina). A companhia disse que "tem acompanhado em tempo real o movimento da nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão chileno Puyehue e que, pelos últimos prognósticos, encontrou condições de realizar os voos para esses destinos com segurança". A TAM, por sua vez, informou que voltou a operar para Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) e para Buenos Aires, mas que continuavam suspensos seus voos de e para Montevidéu, sem previsão de restabelecimento da rota. "Essas medidas são necessárias para garantir a segurança de clientes e tripulantes", afirmou a TAM em nota. "A empresa está avaliando constantemente as condições de voo nestas rotas e, caso haja riscos, poderá voltar a suspender a operação." Azul e Webjet também confirmaram a retomada dos voos a partir das 18h para o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Em todo o país, 375 das 2.314 partidas programadas até 19h para destinos dentro e fora do Brasil foram canceladas, de acordo com informações da Infraero, a estatal que gerencia os aeroportos do país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu nota recomendando aos usuários que tiverem de viajar para a região Sul, assim como Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai, para que consultassem as companhias aéreas antes de irem aos aeroportos. O vulcão Puyehue, adormecido há décadas, entrou em erupção no centro-sul do Chile na semana passada, o que provocou uma nuvem de cinzas sobre os Andes que tem atrapalhado o tráfego aéreo na América do Sul há dias. Não é a primeira vez que cinzas vulcânicas provocam caos no espaço aéreo e impedem milhares de pessoas de viajar. Em maio, a nova erupção do Grimsvotn, o vulcão mais ativo da Islândia, lançou uma enorme coluna de fumaça e cinzas, prejudicando algumas operações em parte da Europa. O impacto, porém, foi menor do que outro vulcão mais ao sul da Islândia que entrou em erupção no ano passado e que fechou o espaço aéreo europeu por seis dias devido ao medo de que as partículas vulcânicas entrassem nos motores e causassem acidentes. Na sexta-feira, a ação da TAM recuou 2,78 por cento, a 32,16 reais, enquanto o papel da Gol registrou queda de 1,26 por cento, a 18,85 reais. O Ibovespa, que reúne as principais ações brasileiras, caiu 1,22 por cento. (Por Eduardo Simões e Bruno Marfinati)

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