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Acusado de matar franceses é condenado a 59 anos de prisão

Os outros dois acusados no assassinato dos 3 estrangeiros vão a júri popular no dia 13 de dezembro

Por Ricardo Valota
Atualização:

Após dez horas de julgamento, Társio Wilson Ramirez, de 25 anos, acusado de matar três franceses ligados à ONG Terr'Ativa foi condenado a 59 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro. A sentença foi proferida no final da noite desta terça-feira pelo juiz Sidney Rosa da Silva, do Terceiro Tribunal do Júri.   Ele foi condenado pela morte dos três franceses ocorridas em fevereiro deste ano na sede da Organização, em Copacabana, zona sul do Rio. Segundo a denúncia, Christian Pierre Doupes, de 38 anos, sua mulher, Delphine Claudie Douyère, de 36, e Jérome Marie Marc Faure, de 42, foram mortos a facadas por terem descoberto um desvio nas contas da instituição.   O principal suspeito seria Társio, então funcionário da ONG, que teria planejado o crime e contratado Luiz Gonzaga Gonçalves de Oliveira e José Gonçalves Cardoso para que se livrassem dos corpos. Eles tentaram incendiar o apartamento como forma de ocultar o crime. Em depoimento, Ramirez negou que tivesse matado os franceses ou dado um desfalque na organização e atribuiu a Luiz Gonzaga a autoria dos crimes, mas foi contestado pelas testemunhas de acusação.   Társio era coordenador de projetos sociais da Terr'Ativa e auxiliava na administração, inclusive na parte contábil. Os acusados estão sendo julgados por homicídio e furto qualificados e por causar incêndio em edifício público ou destinado a obra de assistência social ou de cultura, estando enquadrados na lei de crimes hediondos. Os processos foram desmembrados a pedido da defesa.   Luiz Gonzaga Gonçalves de Oliveira e José Michel Gonçalves Cardoso irão a júri popular no dia 13 de dezembro. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o advogado de Társio Wilson Ramirez já entrou com recurso contra a sentença.

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