Agência americana DEA, de combate ao narcotráfico, vai abrir escritório no Rio

Dois agentes já estão na capital fluminense; agência foi convidada pelo secretário da segurança pública, José Mariano Beltrame

PUBLICIDADE

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

RIO, 18 - A agência Drug Enforcement Administration (DEA), de combate ao narcotráfico nos Estados Unidos, vai abrir um escritório no Rio de Janeiro a pedido do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame. Dois agentes da DEA já estão na cidade, mas ainda não há prazos para a instalação física da agência no Rio.

PUBLICIDADE

O cronograma para o início oficial das atividades será definido pelo governo americano. As informações foram divulgadas pela revista Isto É e confirmadas ao Estado pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg).

O principal objetivo do governo do Rio é fazer um levantamento das rotas pelas quais as armas estrangeiras, inclusive fuzis, entram no Brasil e chegam às mãos do tráfico. Mas os agentes da DEA também devem colaborar no esquema de segurança preparado para os Jogos Olímpicos de 2016, na cidade do Rio.

No início de setembro, Beltrame afirmou em entrevista ao Estado que o uso de "armas de guerra" pelo tráfico no Rio se banalizou. O secretário tem promovido uma cruzada, que inclui pedir apoio ao Congresso Nacional, para mudar o Código Penal e endurecer as penas para porte, transporte e tráfico de fuzis, metralhadoras e explosivos.

"O meu inimigo número um é o fuzil. A utilização desse equipamento se banalizou desde os anos 80. A sociedade não se sensibilizou a ponto de cobrar uma medida de seus parlamentares. Quem tem um fuzil é muito diferente de quem tem um revólver 38. E sou contra quem tem um revólver 38. Contra qualquer tipo de utilização de arma de fogo", disse.

A DEA tornou-se uma conhecida dos brasileiros após a estreia da série Narcos, produzida pelo serviço de streaming Netflix e que tem Wagner Moura no papel do narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Na trama, dois agentes da DEA trabalham na Colômbia para capturar Escobar, que chefiou o cartel de Medellín. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.