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Audiências com famílias de mortos em acidente em Paraty começam

Pela primeira vez, os defensores públicos do Núcleo de Defesa do Consumidor do Rio presidirão o procedimento extrajudicial em SP

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Começam nesta terça-feira, 6, as audiências de conciliação para o cálculo individual das indenizações por danos morais e materiais devidas pela Viação Colitur aos feridos e aos familiares dos 15 mortos no acidente com o ônibus da empresa, ocorrido no dia 6 de setembro em Paraty, na Costa Verde fluminense.

Pela primeira vez, os defensores públicos que integram o Núcleo de Defesa do Consumidor do Rio (Nudecon-RJ) presidirão o procedimento extrajudicial em outro Estado. De terça até sexta-feira, a coordenadora do Nudecon, defensora pública Patricia Cardoso, e o subcoordenador do órgão, defensor público Eduardo Chow, estarão em São Paulo para atender ao menos 50 pessoas, em parceria com os defensores públicos do Nudecon do Estado de São Paulo.

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“Quando fizemos a identificação das vítimas, percebemos que cerca de 50 casos eram de São Paulo, muitos deles de cidades do interior. Como as famílias estão traumatizadas e não querem vir ao Rio e tampouco a Paraty, decidimos ir até elas”, diz Patricia Cardoso.

Segundo a defensora pública, a Colitur custeará o transporte de ida e volta das pessoas dos municípios onde moram até a cidade de São Paulo para as audiências de conciliação. 

As reuniões que começam nesta terça são uma tentativa de evitar ações judiciais e agilizar a compensação dos danos sofridos no acidente. Isso foi combinado no Termo de Ajustamento de Conduta assinado em 16 de setembro entre a Defensoria Pública do Rio e a Viação Colitur. O termo estabelece ainda que a empresa vai prestar assistência médica, fisioterápica e psicológica às vítimas que precisarem, e ainda fará obras de melhoria no trecho da via em que ocorreu o acidente, como forma de compensar o dano moral coletivo.

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