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Grupos tentam retomar pontos de droga, diz porta-voz de UPPs

Segundo o major Ivan Blaz, após cumprir penas, criminosos estão voltando a favelas ocupadas por UPPs e tentando retomar o tráfico 

Por Carina Bacelar
Atualização:
Sede da UPP da Rocinha, no Rio Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

RIO - Após dois ataques a policiais de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da região da Tijuca (zona norte do Rio), as atenções da Coordenadoria de Polícia Pacificadora se voltaram para a região. Em menos de 48 horas, entre domingo e segunda, os confrontos entre policiais e criminosos deixaram um PM morto e outro ferido. O major Ivan Blaz, porta-voz das UPPs, afirmou nesta terça-feira, 7, que criminosos libertados em função da progressão de regime estão tentando retomar pontos de vendas de drogas em comunidades da região.

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Segundo Blaz, após cumprir penas, alguns criminosos estão voltando a favelas ocupadas por UPPs e tentando retomar o tráfico nessas áreas. Ele classificou o movimento como “normal” e ainda pequeno. Na tarde desta terça, o major esteve no enterro do policial militar Alex Amâncio Ferreira, de 34 anos, morto por traficantes durante ataque a PMs da UPP do Andaraí, na região da Tijuca. O sepultamento ocorreu no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste). De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o policial estava na corporação desde março de 2010, era casado e deixa uma filha de 3 anos.

Baleado na localidade conhecida como Cruzeiro, Ferreira chegou a ser levado para o Hospital Federal do Andaraí, onde morreu. Outro policial da UPP também foi ferido (este, por estilhaços de bala), mas foi medicado e passa bem. 

No domingo, uma base avançada e um carro da UPP Macacos, em Vila Isabel, na mesma região, foram atacados a tiros. Ninguém se feriu. Nesta terça, a Polícia Militar promoveu uma operação no Andaraí. Foram acionados policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães, além de agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Até o início da noite não havia registro de presos ou apreensões. /COLABOROU FABIO GRELLET

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