Bombeiros depõem e dão detalhes sobre 3º cúmplice

Delegado vai denunciar os dois por roubo qualificado, falsa identifica e formação de quadrilha

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Por Pedro Dantas
Atualização:

Os bombeiros Tito Lívio de Paiva Franco e Antônio Lázaro da Silva França foram nesta terça-feira, 21, à 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca (zona oeste), mas afirmaram que só falarão diante do juiz sobre a participação no roubo e tentativa de seqüestro do empresário M.A.S. no dia 15, quando foram flagrados pela reportagem do Estadão. Os dois vestiam uniformes falsos da Polícia Federal. Nesta quarta-feira, 22, o delegado-titular Carlos Augusto Nogueira Pinto vai denunciar os dois ao Ministério Público por roubo qualificado, falsa identidade e formação de quadrilha e pedir a prisão preventiva da dupla. A pena pode chegar a 25 anos de prisão caso eles sejam condenados, segundo delegado. "Eles colaboraram de forma 'inoficiosa', mas não quiseram se comprometer no depoimento oficial por estratégia de defesa. Os dois, principalmente o Tito, revelaram alguns fatos novos que podem ajudar a chegar ao terceiro componente da quadrilha", disse o delegado Nogueira Pinto. Os dois chegaram a delegacia com os rostos escondidos sob os casacos e protegidos por agentes do Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros. França chegou a usar o casaco oficial do Corpo de Bombeiros para esconder o rosto após prestar depoimento. A dupla, que também responde a inquérito na Polícia Federal por utilização indevida de símbolos nacionais, negou a participação no seqüestro para extorsão do dono de uma padaria na zona sul carioca. "Eles riram e disseram que não sabiam o motivo do senhor ter reconhecido eles como dois dos quatro integrantes da tentativa de extorsão", declarou Nogueira Pinto. O terceiro homem seria pardo, com cerca de 55 anos e costumava se apresentar como delegado quando o grupo tentava extorquir empresários e comerciantes. Os bombeiros, que primeiro afirmaram que o homem se chamava Diego, mudaram a versão e disseram que ele dizia se chamar Paulo Figueiredo e forneceram um falso endereço do suspeito onde a polícia nada encontrou. O delegado, que diz ter a "identificação parcial" do criminoso, apontado por ele como "o articulador da quadrilha" disse que "três notícias novas" podem levar a prisão do bandido esta semana.

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