SÃO PAULO - O policiamento na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, foi reforçado na manhã desta quarta-feira, 3, após o ataque a um micro-ônibus na noite desta terça-feira, 2. Além dos policiais do 18º BPM (Jacarepaguá), agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também estão no local. O veículo foi cercado ontem por cerca de 20 pessoas, que atearam fogo, deixando 13 passageiros feridos, seis em estado grave.
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"Não teve jeito, tive que parar. Havia muita gente na frente do ônibus. Vi crianças e adultos. Se eu não paro, iria atropelar todo mundo. Ainda consegui apagar as chamas que queimavam as pernas de algumas pessoas dentro do ônibus", relatou o motorista, Ronaldo Borges.
Algumas das vítimas já foram identificadas: Anne Andrade Lima, de 18 anos, Gabriel Lima de Andrade, 20, e Laís de Melo Rodrigues, 21. Além delas, Rosangela dos Santos Silva, de 44 anos, e Cristiane da Silva Maciel, de 26 anos, tiveram 20% do corpo queimado.
Policiais da UPP acreditam que o ataque ao ônibus foi uma represália à prisão do traficante Leandro de Oliveira da Silva, de 19 anos, que seria um dos gerentes do tráfico da região. A polícia prossegue nas buscas aos suspeitos. Até por volta das 9 horas, ninguém havia sido preso, segundo a PM.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Polícia Militar está na Cidade de Deus há mais de um ano e, segundo moradores, os índices de violência têm melhorado na região.
Texto atualizado às 11h41.
Policiais procuram criminosos supeitos de incendiarem ônibus nesta terça, na Cidade de Deus