A Marinha não conseguiu encontrar nesta quarta-feira, 27, o piloto do caça modelo AF-1B (A-4KU-Skyhawk) que caiu no mar de Saquarema, cidade na Região dos Lagos do Estado do Rio, após colidir no ar com outra aeronave militar, na tarde de terça.
De acordo com a corporação, os dois caças, que operam no porta-aviões São Paulo, faziam um exercício quando, “durante o voo de afastamento do navio, em formatura tática, para a realização de um novo ataque, houve a colisão entre as aeronaves, com a provável ejeção do piloto e queda de uma delas no mar”.
A Marinha negou oficialmente ao Estado que o treino fizesse parte da preparação para os Jogos Olímpicos, a serem disputados no Rio entre os dias 5 e 21 de agosto. Segundo a corporação, tratava-se de uma atividade de rotina.
De acordo com a Marinha, um navio de pesquisa oceanográfico está sendo usado nas buscas. O Vital de Oliveira é uma embarcação equipada com um robô submarino com capacidade para mergulhar a até 4 mil metros de profundidade. A Força Aérea, o Exército e o Corpo de Bombeiros do Rio colaboram na operação.
Os caças voavam a cerca de 100 quilômetros ao largo do litoral de Saquarema. A aeronave conduzida pelo piloto desaparecido caiu no mar. O segundo avião envolvido no acidente conseguiu retornar à na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, também na Região dos Lagos, com o piloto a salvo.
As buscas avançaram pela madrugada, manhã e tarde desta quarta, com o emprego de navios e aeronaves. A Marinha informou que se concentra na busca pelo militar desaparecido. Segundo a corporação, a identidade do piloto é conhecida, mas não foi divulgada em respeito aos familiares. A Força divulgou ainda que presta todo o apoio necessário à família.
Esforço. Nas buscas, os bombeiros usaram um helicóptero, motos aquáticas e botes, além de mergulhadores. Segundo o Corpo de Bombeiros, moradores de Saquarema avisaram que o piloto teria sido visto na Praia da Igrejinha, em Saquarema, mas as buscas não confirmaram a informação.
O avião acidentado foi comprado pelo governo brasileiro no ano de 2009, em um lote de 12 aeronaves orçadas em um contrato de R$ 106 milhões. As aeronaves, após a compra, passaram por processo de modernização na Embraer. Os Skyhawk adquiridos pelo Brasil lutaram na Guerra do Golfo (1990-1991), tendo cumprido missões na Operação Tempestade do Deserto.