
06 de outubro de 2014 | 02h05
Ela precisou esperar dez anos entre o diagnóstico de trompas obstruídas e o procedimento da inseminação - cinco anos só na fila do hospital público. "É um custo alto. Você paga passagens, hospedagem. Também tem o custo emocional. Já fiz tanta coisa na vida para ter esse bebê. Meu marido agora está feliz da vida. Se não fosse por ele, não esperava esses anos todos."
HIV. Se antes a técnica beneficiava apenas mulheres com problemas nas trompas, hoje permite que casais sorodiscordantes tenham filhos. O professor paranaense Marcelo, de 35 anos, descobriu que era HIV positivo 40 dias antes do casamento. Ele tinha ainda baixa contagem de espermatozoides. "O HIV não está em todo o organismo, mas compartimentado. Então, fizemos um teste de detecção da carga viral no sêmen para separar os espermatozoides", diz o médico Emerson Cordts, coordenador clínico do Instituto Ideia Fértil, ligado à Faculdade de Medicina do ABC, e especialista em reprodução do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim. "Estamos com muita esperança", diz Marcelo.
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