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Cadeirante é preso após assalto a passageiros de ônibus no Rio

ladrões anunciaram assalto pouco antes das 20 horas, quando coletivo entrou na pista do Aterro do Flamengo

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - Um cadeirante foi preso depois de comandar um assalto aos passageiros do ônibus 415 (Usina-Leblon) que ia do centro para a zona sul do Rio, na noite de terça-feira, 1º. Ele e outros seis homens foram detidos no Aterro do Flamengo, depois de descer do ônibus, por policiais militares alertados por um dos passageiros. 

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Na 9.ª DP (Catete), onde foram encarcerados, a polícia identificou o homem em cadeira de rodas como Rodrigo Duarte de Oliveira, de 33 anos. Aos policiais, contou que ficou paraplégico por ter levado cinco tiros da ex-mulher.

Os ladrões anunciaram o assalto pouco antes das 20 horas, quando o ônibus entrou na pista do Aterro do Flamengo, onde não há sinais de trânsito e os veículos circulam em velocidade mais alta. Eles se dividiram para recolher celulares, dinheiro e relógios. 

Um deles anunciava estar armado e dizia: “Hoje eu quero matar”. Durante todo o tempo, o cadeirante permaneceu no espaço reservado a portadores de deficiência. Em cinco minutos, os ladrões fugiram - um segurou na frente e outro atrás da cadeira de rodas para descer com Oliveira. 

Segundo a polícia, os ladrões ficaram todos juntos, o que é incomum por facilitar a busca. Foram encontrados com eles, uma pistola de brinquedo, estiletes e facas. Levados para a delegacia, seis dos sete ladrões foram colocados na carceragem, mas o cadeirante ficou de fora. A cadeira, segundo os policiais, não passava pela porta da cela. 

Os policiais fizeram contato com cada um dos passageiros, ligando para números de telefones registrados nos celulares recuperados. Quatro vítimas foram à delegacia, onde foram ouvidas e receberam de volta os bens.

“A senhora é amiga do Pezão?”, perguntou um policial à repórter do Estado, que teve o celular roubado na ocorrência. Informado da sua profissão, os agentes brincaram: “Diz para ele que a situação está difícil aqui e mesmo assim a gente continua trabalhando.”

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