Clarín destaca ameaça às crianças do Complexo do Alemão

Diário argentino afirma que elas estão sem aulas pela falta de segurança

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Por Redação
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Os constantes episódios de violência no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, foram assunto de uma reportagem do diário argentino Clarín nesta segunda-feira, 18. De acordo com o jornal, moradores o conjunto de favelas "vive sob a pressão de um cerco sem trégua de quase 400 homens da Força Nacional e da polícia carioca". Segundo a reportagem, os cerca de 300 mil moradores do complexo que reúne 12 favelas vivem sob o medo dos narcotraficantes que dominam a região, mas também não se sentem protegidos com a presença da Força Nacional, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2006. "A repressão até agora não trouxe nenhuma solução. Enquanto os agentes mantêm o bairro sitiado, os traficantes constroem barricadas para evitar que eles entrem. Os mais afetados são as crianças da favela", relata o jornal. Segundo a reportagem, "desde 2 de maio, quando começaram os conflitos armados entre traficantes e policiais, as aulas foram suspensas nas seis escolas do complexo". O jornal diz que "as crianças se tornam reféns do medo, e isso acaba prejudicando sua capacidade de aprendizagem". "Assim se reproduzem as condições que vão gerar no futuro jovens sem especialização nem perspectivas de trabalho, aos quais resta como quase única alternativa o roubo ou a entrada no tráfico". O Clarín destaca também o fato da campanha contra a poliomelite, paralisia infantil, programada para sábado, 16, ter sido suspensa no conjunto de favelas pela falta de segurança, já que os agentes de saúde simplesmente se negam a subir o morro por falta de segurança.

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