Contra violência, Galeão se chamará Aeroporto Maria da Penha por dez dias
Mudança integra campanha lançada no Dia Internacional da Mulher, que também veicula mensagens pelo sistema de som gravadas pela ativista que dá nome à lei
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Por Roberta Pennafort
Atualização:
RIO - "Olá, eu sou a Maria da Penha. Pela minha história e minha luta, dou nome à principal lei brasileira contra a violência doméstica. Nesse mês de março, emprestei meu nome ao RIOGaleão. Essa causa precisa da visibilidade e do apoio de todos e de todas." A mensagem, na voz de Maria da Penha Maia Fernandes, liderança da defesa dos direitos das mulheres, está sendo veiculada no sistema de som do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) desde quarta-feira, 8, Dia Internacional do Mulher.
Como forma de dar força à Lei Maria da Penha, o terminal carioca teve seu nome modificado temporariamente até o dia 18 deste mês. A denominação "Aeroporto Maria da Penha" está sendo usada pelos comandantes nos poucos e decolagens de aviões.
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A campanha também é veiculada na voz de Iris Lettieri, a locutora do aeroporto. Nas instalações internas e externas, foram colocadas peças publicitárias com uma foto de Maria da Penha acompanhada do seguinte slogan: "O Rio Galeão emprestou o seu nome para trocar o destino de muitas mulheres."
A intenção dos organizadores é provocar a discussão do assunto, chamar a atenção para os números elevados de agressões a mulheres no País e divulgar a existência da legislação, que é de 2006 e tornou mais rigorosas as punições a homens que cometem violências física e psicológica contra mulheres.
Também como parte da campanha, a Rádio RIOgaleão apresentará durante o restante do mês de março o programa "Agora é que São Elas", com duração de uma hora. A atração trará apenas músicas interpretadas por cantoras brasileiras.
Grafite em homenagem a Maria da Penha no centro de São Paulo
1 / 18Grafite em homenagem a Maria da Penha no centro de São Paulo
Arte de rua
Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O mural foi inaugurado após cerimônia do TJ-SP. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A lei ganhou o nome emhomenagem a uma das tantas vítimas de agressão doméstica no País. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Maria da Penha foi agredida por Viveros diversas vezes e, em 1983, sofreu uma tentativa de assassinato. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Atualmente,tramitam no Congresso Nacional 89 propostas de parlamentares que visam a alterar a Lei Maria da Penha, que completou dez anos de promulgaçã... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Conforme informou o 'Estado',dos 268.894 casos de violência contra a mulher que chegaram ao TJ-SP entre 2011 e 2015, 42,8% (115.305) ainda estão em fa... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Um mural grafitado com o rosto de Maria da Penha foiinaugurado na região central de São Paulo. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O grafite homenageia os 10 anos da lei que pune crimes de violência doméstica e leva o nome da ativista. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O trabalho artístico foi feito em um muro na Rua Conde de Sarzedas, na esquina com a Praça João Mendes, na região da Sé. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Divulgação
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Maria da Penha Fernandes, com 71 anos em 2016, é uma biofarmacêutica cearense, que foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viv... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Ela lutou por justiça durante 19 anos e só teve sucesso quando levou a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que acatou o caso... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Viveros foi preso somente em 2002 e, em 2006, foi criada a Lei 11340/06, que prevê mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher, seja ... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Os projetos, 68 da Câmara e 21 do Senado, têm os mais diferentes teores: de penas mais duras a quem descumprir medidas protetivas concedidas às mulher... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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De acordo com o tribunal, no período em que a Lei Maria da Penha está em vigor, chegaram em média 53 mil casos por ano. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O número de medidas protetivas concedidas pelo TJ aumentou 9,5% de 2014 para 2015, alcançando 10.711 ações na capital paulista. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A tendência é de que o número continue em alta, já que em 2016 o tribunal recebeu só da Polícia Civil 2.420 pedidos de medida protetiva, 50,3% a mais ... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais