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Decisão de não rebaixar foi em 'último caso', diz presidente da Liga

Jorge Castanheira, à frente da Liga Independente das Escolas de Samba disse que acidentes são raros no carnaval do Rio

Por Mariana Sallowicz
Atualização:
Acidentes deixaram 32 feridos na Marquês de Sapucaí Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

RIO - O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, afirmou que a decisão de mudar o regulamento do carnaval foi uma medida de "último caso", justificada por uma situação extrema. Neste ano, em que ocorreram acidentes que deixaram 32 feridos, nenhuma das escolas do Grupo Especial do Rio será rebaixada. Ele destacou que "pelo que se lembra", este foi o carnaval com o maior número de acidentes na história.

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"Pode até ficar ruim para a imagem do carnaval, mas às vezes é preciso recuar. O momento é muito delicado", afirmou. Castanheira disse ainda que inicialmente não era favorável à mudança. "Foram dois acidentes que são raros no carnaval, mas o espetáculo artístico as escolas fizeram brilhantemente", afirmou.

Sobre o fato de o desfile não ser paralisado, como ocorre no futebol, por exemplo, disse: "Não tem como retroagir o desfile. A coisa não é tão elementar quanto o jogo de futebol, com 11 personagens. Ali são 4 mil pessoas, 3,5 mil na pista e 500 em cima de carro."

A decisão da Liesa ocorreu após serem ouvidos os 12 presidentes das escolas do Grupo Especial. "Decidimos colocar a matéria em votação e ela foi por maioria absoluta de votos vencedora", afirmou.

Para ele, certamente haverá mudanças nos carnaval de 2018. "Vamos reavaliar tudo isso, é importante frisar que nenhuma escola foi negligente", disse.

Sobre o Inmetro ter oferecido consultoria para a Liga no ano passado, disse que não sabe por meio de quem isso foi feito. "Se o presidente do Inmetro fez algum contato com diretor da Liga não foi comigo, mas terei prazer em recebê-lo para a cada ano aprimorar, assim como já fizemos com o Crea e Corpo de Bombeiros." 

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