Delegada afirma que apreensão de celular de suspeito foi 'crucial'
Cristiana Bento afirmou que imagens em aparelho de Raí de Souza acabaram com quaisquer dúvidas sobre ocorrência do crime
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Por Clarissa Thomé
Atualização:
RIO - A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), afirmou que a apreensão do celular de Raí de Souza, na sexta-feira, 3, foi "crucial" para as investigações do estupro coletivo da adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio de Janeiro.
"Se alguém tinha dúvida se houve ou não estupro, com esse celular, a dúvida acabou. O que a gente vê é a mão do Raphael (Duarte Belo), a voz do Raphael e, na sequência, vê o estupro de vulnerável consumado", afirmou Cristiana. "A polícia sabe que houve estupro de vulnerável."
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A delegada participa de audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que discute a cultura do estupro, na tarde desta segunda-feira, 6.
Cristiana afirmou ainda que a jovem de 16 anos foi negligenciada pelo Estado. "Essa adolescente foi vítima duas vezes. Foi vítima do estupro e da sociedade. O Estado a negligenciou no moral e no social. Essa investigaçãotrouxe mais dignidade para essa jovem", afirmou Cristiana. "Vi nas redes sociais dizerem que ela é isso, é aquilo. Ela é uma adolescente e éresponsabilidade de todos o desenvolvimento dessa adolescente."
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Ato alerta para a cultura do estupro no País
Por ano, cerca de 50 mil mulheres são vítimas de estupro no País Foto: Marcelo Sayão/EFE
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Ascalcinhas na areia fazem parte de protesto da ONG Rio de Pazcontra a violência contra a mulher Foto: Fábio Motta/Estadão
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Asfotos retratam a angústia de mulheres vítimas de abuso Foto: Fábio Motta/Estadão
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Ato na Praia de Copacaba foi motivado apóso caso de estupro coletivo em uma comunidadeRio de Janeiro, que chocou o País e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato pede fim da cultura do estupro no País
Relembreoutros casos de violência contra o mundo que assustaram o Brasil e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
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As peças de roupa representama quantidade de mulheres estupradas no Brasil a cada 72 horas Foto: Fábio Motta/Estadão
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Além das calcinhas espalhadas, doadas pela Duloren,foram expostos painéis com imagens do fotógrafo Márcio Freitas com o tema 'Nunca me calarei' Foto: Vanderlei Almeida/AFP
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