Delegado ouve testemunhas do atropelamento de frentista

Funcionário foi atropelado por estudante de 19 anos, que possuía seis frascos de lança-perfume no carro

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Por Brás Henrique e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O delegado do 4º DP de Ribeirão Preto, Luís Geraldo Dias, começou a ouvir nesta quarta-feira, 13, as testemunhas do atropelamento do frentista Carlos Alaetes Pereira Silva, de 37 anos, ocorrido na noite de segunda-feira, 11. Durante o inquérito, Dias ainda receberá o resultado do exame toxicológico (que poderá confirmar a embriaguez e até o uso de lança-perfume) feito no estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi, de 19 anos, que, com um Vectra, atravessou um canteiro de avenida, invadiu um posto e atropelou Silva, que trabalhava. Silva está internado, em coma induzido, e ainda inspira cuidados. O boletim de ocorrência, no Plantão Policial, foi registrado como lesão corporal culposa (sem intenção) e posse de entorpecente para uso próprio. Lombardi tinha no carro seis frascos de lança-perfume, sendo um usado. O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antonio Valencise, disse, no entanto, que o inquérito poderá ter a tipificação mudada para lesão corporal dolosa (intencional), ou tentativa de homicídio, ou até homicídio doloso, caso Silva não sobreviva.  Se for comprovado que o lança-perfume não era para consumo próprio, mas para outros, Lombardi ainda poderá responder por tráfico de drogas. "Existem fortes evidências de que a droga era para consumo alheio", enfatizou Valencise. Segundo Valencise, a intenção é encerrar o inquérito em dez dias, no máximo. O Posto Independência Service apresenta ainda os sinais do acidente. A bomba de combustível foi arrancada no impacto com o Vectra. Existem sinais no chão de borracha do pneu dianteiro do Vectra, que "fritou" logo após a colisão, pois Lombardi teria tentado fugir do local. Ele teria saído de uma festa pela aprovação no vestibular de direito de uma universidade particular de Ribeirão Preto. Lombardi é de Franca. O acidente ocorreu por volta de 22h35. Faltavam apenas 25 minutos para Silva encerrar o seu turno de trabalho. Ele tomava água alguns segundos antes e nem viu o que o atingiu.

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