Desembargador investigado pela Polícia Federal morre no Rio

Ricardo Regueira chegou a ser preso na operação e afirmou ter sofrido 'humilhações' na carceragem

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Por Alexandre Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

O desembargador Ricardo Regueira, um dos alvos da Operação Furacão, da Polícia Federal, no ano passado, morreu nesta segunda-feira, 7, no Rio. Sentindo-se mal, o magistrado, afastado das funções no Tribunal Regional Federal da 2º Região pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde o início das investigações, chegou ao hospital Copa D'Or, na zona sul, na noite de domingo. Ele tinha sintomas de pneumonia. O quadro se agravou rapidamente para uma infecção generalizada e o desembargador morreu no início da manhã. Pernambucano, Regueira tinha 58 anos e, segundo a PF, era um dos quatro magistrados envolvidos num esquema de venda de sentenças judiciais que beneficiavam a máfia do jogo do bicho, na exploração de bingos e máquinas caça-níqueis no Rio. Regueira, que negava as acusações, chegou a ser preso na operação e afirmou ter sofrido "humilhações" na carceragem da PF em Brasília. Ele se queixou das condições e da falta de privacidade da prisão. O desembargador também afirmou que nunca teve contato com os chefes da cúpula do bicho no Rio, também presos na operação, e alegou perseguição. Todos foram denunciados pelo Ministério Público Federal. O corpo de Regueira está sendo velado numa capela do Cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul). Ele será sepultado nesta terça-feira, 8, às 10h.

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