Escolas de samba encerram desfiles no carnaval do Rio

Última apresentação foi da Unidos do Viradouro, que homenageou a cultura do estado da Bahia

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Por Redação
Atualização:

Foto: Marcos Arcoverde/AE

Carro alegórico da Viradouro, última escola a desfilar, já na manhã desta terça

 

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Terminou nesta terça o desfile das escolas de samba, atração principal do carnaval do Rio de Janeiro, com a apresentação da Unidos do Viradouro, que homenageou a cultura do estado da Bahia até os primeiros raios de sol da manhã.

 

A Viradouro fechou duas noites de luxuosos desfiles nos quais 12 escolas do Grupo especial, elite do Carnaval carioca apresentaram no sambódromo da Marquês de Sapucaí enredos com os quais pretendem erguer o título de campeã da festa considerada "o maior espetáculo ao ar livre da terra".

 

A segunda e última noite de desfiles foi aberta pela Porto da Pedra, com um espetáculo sobre a curiosidade que aguça o pensamento humano.

 

A Porto da Pedra teve problemas técnicos com alguns das oito carros que exige o regulamento -especialmente o carro abre-alas, cujas partes se soltaram- uma situação que outras escolas também tiveram que enfrentar.

 

Em seguida, a Acadêmicos do Salgueiro, que foi recebida por um público entusiasta aos gritos de "campeã", também enfrentou dificuldades com um carro que ficou preso, o que atrasou consideravelmente seu desfile e obrigou seus integrantes a correr em plena passarela do samba para cumprir a apresentação no tempo previsto no regulamento.

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O tambor como instrumento milenar de distintas culturas foi o tema escolhido pelo Salgueiro, que ainda precisou preencher um buraco de 30 metros deixado no meio da escola devido ao problema com o carro alegórico no início do desfile.

 

Até a Imperatriz Leopoldinense, escola que carrega tradição de perfeição técnica, teve problemas com um de seus carros, que precisou ter uma alegoria amassada para passar sob um viaduto antes de chegar à passarela, o que não impediu o público de se animar com a pegajosa melodia de seu samba, dedicado ao subúrbio de Ramos, sua terra natal.

 

A Portela, escola que mais venceu o Carnaval do Rio de Janeiro, com 21 títulos mostrou um espetáculo sobre o amor e, da mesma forma foi recebida com o grito de "campeã".

 

No entanto, o último título de Portela data de 1984 -ano de estreia do atual sambódromo- e nos últimos anos, apesar de se manter no Grupo Especial, esteve longe da disputa do título.

 

A apresentação de Portela gerou grande expectativa porque a rainha de sua bateria foi Luma de Oliveira, uma das musas do Carnaval, que retornou este ano ao Sambódromo após três anos ausente dos desfiles.

Ela mostrou que, aos 44 anos, mantém o corpo escultural e o ritmo de sambista que a consagraram na Marquês de Sapucaí e foi uma das mais aplaudidas da noite.

 

A penúltima escola a desfilar foi a tradicional Estação Primeira de Mangueira, que representou a formação do povo brasileiro baseada na obra do antropólogo Darcy Ribeiro.

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Com acrobáticas apresentações e carros bem elaborados, a verde-e-rosa mostrou a mistura de etnias e culturas que contribuiu para a formação do povo brasileiro e, como é habitual em suas apresentações, foi bem recebida pelo público.

 

No domingo, na primeira noite haviam se apresentado as outras seis escolas do Grupo Especial: Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel, Mocidade, Beija-Flor e Unidos da Tijuca.

 

A vencedora sairá das notas dadas amanhã pelos jurados, que avaliam dez categorias para escolher a melhor do Carnaval.A festa no Rio e em outras cidades brasileiras prosseguem hoje com os retornos dos blocos, encarregados de encerrar o Carnaval.

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