
19 de agosto de 2008 | 22h08
O ex-deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil do Rio Álvaro Lins se entregou na noite desta terça-feira na Polinter (Divisão de Capturas) da Polícia Civil. Ele estava foragido desde a semana passada, quando teve prisão decretada pela Justiça Federal. Lins é acusado de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis quando era chefe da Polícia Civil do Estado, de 2000 a 2006, nos governos de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, todos do PMDB. Ele é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e formação de quadrilha armada. Dois dias antes da decretação da prisão, ele teve mandato de deputado estadual cassado pela Assembléia legislativa do Rio de Janeiro. Lins foi preso no fim de maio durante a operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal (PF). Na ocasião, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Garotinho, acusado de ter dado sustentação política à "organização criminosa" que seria comandada por Lins. A prisão, porém, durou pouco - ele foi solto no dia seguinte, por decisão de colegas da assembléia (40 votos a 15), que a consideraram, na época, "ilegal". O relatório aprovado pelo Conselho de Ética é baseado principalmente nas provas enviadas pela PF. O corregedor da Casa, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), comentou a decisão de Lins de retirar o recurso que havia apresentado na sexta-feira à CCJ: "Talvez o deputado tenha avaliado que politicamente teria menos desgaste assim." Lins nega as acusações.
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