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Exército fica no Complexo do Alemão e subirá morro, diz ministro Jobim

Forças de ocupação na zona norte do Rio se manterão na comunidade por prazo indeterminado

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Por Redação
Atualização:

As forças de ocupação no Complexo do Alemão e na Pena, zona norte do Rio de Janeiro, permanecerão na comunidade por prazo indeterminado, e o comando da operação ficará a cargo do Exército. O anúncio foi feito neste sábado, 4, pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), após reunião em que fizeram um balanço das operações. "O comando é do Exército, sendo que os efetivos estaduais, civis e militares terão seus comandantes intermediários", disse Jobim em entrevista coletiva. Segundo o ministro, a mudança é fundamental e, nessa segunda fase de ocupação, o Exército subirá o morro e não se limitará ao entorno das comunidades. "Os militares terão as funções de patrulhamento, revista e prisão em flagrante", explicou Jobim. "Os efetivos estaduais ficarão responsáveis por buscas e apreensões, que são funções típicas das polícias civil e militar estaduais." Até agora, segundo o ministro, o Exército fazia a proteção do perímetro. O patrulhamento e ocupação da área era função das autoridades estaduais. "A mudança fundamental é que sobe o morro", resumiu Jobim. De acordo com o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, o detalhamento do modelo das operações, a quantidade de homens envolvidos e a data para início da atuação da força de paz serão anunciadas no curto prazo. "Não é coisa de semanas", disse Cabral, que esteve reunido por mais de duas horas com o ministro Jobim e representantes da Secretaria de Segurança do Rio e das Forças Armadas. Com o apoio do Exército e da Polícia Federal, as polícias Civil e Militar do Rio ocuparam o Complexo do Alemão no último domingo, 28. O período da presença das forças na comunidade não foi estabelecido. "A necessidade é o que define a presença e não uma data fixada", disse Jobim. Chegou a ser anunciado pelo governo do Rio que elas se manteriam no Complexo do Alemão até a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A ocupação ocorreu após uma série de atentados na cidade, que resultaram em inúmeros veículos queimados. *Com informações da Reuters

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