Frota da PM do Rio será renovada, diz governo

Veículos são da marca Ford Ka e custaram R$ 37,6 milhões, "R$ 1,4 milhão a menos do que o valor previsto no edital de licitação aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado

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Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - O governo do Rio divulgou nesta sexta-feira, 2, que "até meados de abril" entram em operação 290 carros adquiridos pela Polícia Militar para a segurança do Estado. A compra foi feita em pregão eletrônico com a montadora Ford. Os veículos estão em fase de teste e de acabamento. 

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Os veículos são da marca Ford Ka e custaram R$ 37,6 milhões, "R$ 1,4 milhão a menos do que o valor previsto no edital de licitação aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)", conforme as informações oficiais.

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Também está prevista a reforma de 748 viaturas nas 61 oficinas da PM, informou nota oficial, ao custo de R$ 2,5 milhões. Estas representam 30% das patrulhas que deixaram de circular, por falta de condições. "A manutenção das viaturas é resultado da licitação aprovada pelo TCE, com previsão orçamentária de R$ 93 milhões", diz o informe.

O sucateamento da frota da PM, agravada com a crise financeira do Estado, é apontada pelos policiais como um entrave para a eficácia no policiamento. Há carros sem qualquer manutenção, inclusive com portas com problemas, que não fecham corretamente. 

Policiais Militares do Rio de Janeiro. Foto: twitter.com/pmerj

No ano passado, um relatório mostrou que por volta de metade da frota que deveria estar patrulhando as ruas (de seis mil carros) estava parada. Já faltou até dinheiro para o combustível das patrulhas, que, por conta disso, passaram a ficar mais tempo paradas nos batalhões.

No pregão eletrônico, a PM encomendou, no total, 580 patrulhas tipo sedan, sendo 530 rádios-patrulha e 50 descaracterizadas para uso do serviço reservado, segundo o governo. Um novo pregão eletrônico será destinado à compra de 170 viaturas do tipo patamo, essas avaliadas em R$ 25,2 milhões.

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Na quarta-feira, 28, em entrevista sobre a intervenção federal na segurança do Rio, o interventor, general Walter Braga Netto, disse que um dos focos do trabalho era melhorar a gestão da área. 

Um dos focos será a recomposição do efetivo da PM, por meio do resgate de policiais que hoje estão cedidos a outros órgãos, e também da frota de veículos usada no patrulhamento.

Antes da intervenção, a Secretaria de Segurança tentava recompor o efetivo e os automóveis, mas faltou dinheiro - o Rio decretou calamidade nas finanças em junho de 2016.

Questionado, Braga Netto disse na quarta não ter informações sobre os recursos para as ações. "No momento, temos o que está previsto no decreto: recursos de segurança pública já existentes no Estado, e Brasília nos dará um aporte. Mas eu ainda não tenho as informações de valores."

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