Funcionários do BRT do Rio entram em greve; Prefeitura encampou o sistema na semana passada

Eles pedem aumento de salários e melhores condições de trabalho

PUBLICIDADE

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Funcionários do BRT - sistema de ônibus articulados do Rio, - entraram em greve nesta sexta-feira, 25. A circulação dos veículos, principal meio de transporte na zona oeste da cidade, está suspensa desde a madrugada, causando muitos transtornos. A Prefeitura do Rio informou que não houve "qualquer aviso prévio" e que a greve é ilegal.

PUBLICIDADE

Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou a caducidade do contrato de concessão do sistema de BRT. Assinado em 2010, ele estava previsto para encerrar apenas em 2030, mas a Prefeitura rompeu o contrato alegando falhas na prestação do serviço - há anos que usuários reclamam das condições ruins dos ônibus.

Nesta sexta-feira, motoristas e outros funcionários interromperam o serviço. Eles pedem aumento de salários e melhores condições de trabalho. Os ônibus não saíram das garagens e algumas estações nem sequer foram abertas.

Transoeste, o primeiro corredor expresso de Bus Rapid Transit (BRT) do Rio de Janeiro Foto: Tasso Marcelo/Estadão

A falta de BRTs causa transtornos no trânsito da cidade, em especial na zona oeste, e deixou muitas pessoas sem conseguir se deslocar. O município entrou em estágio de mobilização - o segundo nível numa escala de cinco - devido a problemas de mobilidade na cidade.

No Twitter, o prefeito Eduardo Paes culpou os empresários de ônibus que perderem as concessões pela greve. "Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão.Lamento informar que não serão bem sucedidos.Vamos prosseguir.Estamos trabalhando para restabelecer o sistema", escreveu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.