RIO - Morta com sete tiros à queima-roupa enquanto se maquiava na segunda-feira, 5, dentro de seu carro em Maria da Graça, na zona norte do Rio, a geógrafa Priscila Góes Pereira, de 37 anos, foi vítima de uma execução, segundo avaliam policiais da Delegacia de Homicídios da capital fluminense.
Os investigadores acreditam que o assassino calculou o momento em que poderia surpreendê-la e assassiná-la, porque conhecia a sua rotina. A professora costumava deixar o veículo em um local, perto de uma estação do Metrô, para ir trabalhar. O corpo foi achado dentro do automóvel à tarde.
Até esta terça-feira, 6, nenhuma câmera de segurança com imagens do crime foi localizada, após uma varredura realizada pelos agentes da especializada no começo da manhã. Sabe-se, entretanto, que nenhuma câmera estava apontada para o local do crime. Parentes e colegas de trabalho da professora já foram ouvidos pela Polícia Civil. Outras testemunhas, que estavam perto do estacionamento, disseram não ter visto o rosto do assassino de forma nítida.
Priscila era professora de Geografia e pesquisadora. Fazia parte do grupo de Pesquisa do Laboratório Estado, Economia e Território da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Leste/IPPUR/UFRJ), com estudos área do planejamento governamental. Entre 2007 e 2009, trabalhou como consultora e assessora técnica do Ministério da Integração Nacional. No mesmo ano, atuou como assessora da Secretaria Estadual de Obras. Em 2010, a geógrafa fez um doutorado em Planejamento Urbano e Regional na UFRJ e ainda deu aulas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(Uerj). Segundo a polícia, a vida profissional de Priscila também será investigada.
A geógrafa deixa uma filha de sete anos. Ela havia completado 37 anos no último dia 30. Nas redes sociais, amigos e colegas lamentaram sua morte trágica. "Que o Senhor conforte toda a família de Priscila Góes. Muito triste a perda de uma pessoa tão alegre e cheia de sonhos, uma supermãe", escreveu uma amiga.
"Palavras fogem nesse momento, as lágrimas tomam contam de mim, não consigo acreditar. Por que tanta maldade? Como uma pessoa é capaz de cometer tamanha brutalidade? Uma mulher guerreira, uma mãe maravilhosa e uma professora exemplar", disse uma colega.