Governo do Rio lança plano de combate à falta de água na agricultura

Luiz Fernando Pezão e secretário anunciam nesta segunda-feira medidas para evitar que a crise hídrica cause prejuízos ao Estado

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO DE JANEIRO - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, lançam nesta segunda-feira, 26, o Rio Rural Emergencial, um plano para enfrentar os efeitos da estiagem no Norte e Noroeste fluminense. O evento será em Italva, no Noroeste do Estado.

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O plano de contingência contará com R$ 30 milhões do Banco Mundial. Esse dinheiro será usado ao longo deste ano em ações como implantação de sistema de nutrição para os rebanhos, que sofrem com a falta de pasto, e na perfuração de poços artesianos para uso coletivo. "Serão reservatórios de água para matar a sede do gado e também irrigar lavouras. Somente o trabalho de perfuração dos poços vai utilizar R$ 12 milhões", afirma Christino Áureo.

As ações vão beneficiar 13 mil pequenos produtores prejudicados pela estiagem. Além dos municípios das regiões Norte e Noroeste, também receberão auxílio agricultores familiares de São Sebastião do Alto, Cantagalo e Trajano de Moraes, cidades da Região Serrana mais afetadas pela estiagem. Para executar o plano, foi criada uma força-tarefa formada por técnicos das empresas vinculadas à Secretaria estadual de Agricultura (Emater-Rio e Pesagro-Rio) e da Defesa Agropecuária.

Governador do RJ, LuizFernando Pezão não cogita publicamente a possibilidade de haver racionamento de água no Estado Foto: Ale Silva/Futura Press

Para ter acesso aos benefícios os proprietários deverão adotar práticas indicadas pelo programa Rio Rural, que promove a agricultura sustentável em 350 microbacias do Estado. Implantado em 2008, o programa tem incentivado, com recursos do Banco Mundial, a preservação de nascentes, o replantio de matas ciliares e ações de manejo sustentável, entre outras ações que visam preservar a água no ambiente rural. "Produtores de municípios do Norte e Noroeste fluminense que adotaram essas práticas contam que hoje estão sofrendo menos com a estiagem", disse o secretário.

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