O governo do Estado do Rio pedirá R$ 560 milhões ao governo federal para obras emergenciais na Baixada Fluminense, a fim de evitar novas catástrofes como a que atingiu a região na virada do ano e deixou quase 4 mil desabrigados e desalojados.
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O detalhamento das obras está sendo preparado pela Secretaria do Ambiente e inclui construção de barragens, drenagens, e a construção de um disque-estrada entre a Rodovia Washington Luiz e a Via Dutra. O governador Sérgio Cabral e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm reunião marcada no Rio para o dia 13.
"A situação na Baixada foi agravada pelo rompimento de diques, depois que o rios Iguaçu e Botas alcançaram cotas muito altas, passaram por cima dos diques e acabaram erodindo essas barreiras em alguns pontos. Mas já estamos fazendo a recuperação desses pontos", afirmou a secretária do Ambiente, Marilene Ramos. Ontem, a água nos bairros já havia baixado e foi possível fazer o fechamento e reforço dos diques.
A secretária lembrou que a região da Baixada já é contemplada com o Projeto Iguaçu, que prevê a recuperação ambiental dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, e já recebeu investimento de R$ 120 milhões e tem outros R$ 240 milhões em obras em andamento. "Mas precisamos de investimentos vultosos para que a Baixada tenha uma solução definitiva para a questão das enchentes", afirmou.
As obras prioritárias são a dragagem do trecho de jusante dos rios Sarapuí e Iguaçu, projetos emergenciais nos bairros Lote XV (Belford-Roxo) e Pilar (Duque de Caxias)e o reassentamento de 2 mil famílias que estão em áreas inundadas.