Greve de trens no RJ causa suspensão de linha e atrasos

Pelo menos 100 mil deixaram de ser atendidos nesta segunda-feira; tempo de espera aumenta

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Por Solange Spigliatti e da Central de Notícias
Atualização:

De acordo com a Supervia Concessionária de Transporte Ferroviário, que administra a rede ferroviária do Rio de Janeiro, 30% dos funcionários aderiram à greve de maquinistas deflagrada nesta madrugada. A concessionária diz que está atendendo a pelo menos 80% da demanda nesta manhã, o que provoca o aumento do tempo de espera entre as composições.

 

A circulação de trens nos ramais Belford Roxo e Saracuruna foi suspensa e o intervalo entre composições no ramal Santa Cruz e Japeri está em 15 minutos. Já no ramal Deodoro, o intervalo é de 20 minutos.

Segundo a Supervia, que administra os cinco ramais que passam por 11 cidades, cerca de 500 mil passageiros passam por dia pelas 89 estações.

 

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O aviso da greve foi comunicado à empresa na última quinta-feira, 9,  pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil, de acordo com a Supervia.

 

Ainda segundo a empresa, os trabalhadores reivindicam reajuste de 80% do piso salarial de maquinistas, além do reajuste pelo INPC; adicional de 5% para os maquinistas que fizerem a locução de avisos para a população; adicional de 10% para os maquinistas, a título de produtividade; redução da carga horária semanal de 40 horas para 36 horas para humanização do trabalho; entre outros.

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Central do Brasil, Valmir Índio Lemos, havia confirmado no domingo, 12, a paralisação.

 

Índio disse que o motivo da greve é pedir maior segurança para os funcionários e passageiros da Supervia e citou casos recentes de choques de trens e o fato dos vagões circularem com as portas abertas, colocando em risco a vida das pessoas.

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"A reivindicação é só por segurança no trabalho. Não queremos prejudicar a população. O que estamos lutando é para que as pessoas tenham segurança no nosso transporte ferroviário e não venham a ficar mutiladas ou até falecer, em decorrência de algum acidente", disse o sindicalista, que acusa a empresa de obrigar os maquinistas a partirem mesmo com as portas das composições abertas, forçadas pelos passageiros, que se queixam de falta de ventilação no interior dos vagões.

 

(Com Agência Brasil - ampliada às 9h59)

 

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