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Piloto morre em queda de helicóptero no Rio; três passageiros ficam feridos

Aeronave seguia do Recreio dos Bandeirantes para Cabo Frio quando caiu no mar da Barra da Tijuca. FAB apura as causas da queda

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Um helicóptero que decolara de um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, e seguia para Cabo Frio com quatro pessoas a bordo caiu no fim da manhã desta quarta-feira, 9, no mar da Barra da Tijuca. O piloto Murilo Rabelo, 57 anos, morreu no local, e os três passageiros ficaram feridos. Ainda não se sabe o que provocou o acidente.

Três pessoas foram resgatadas com vida e socorridas pelos Bombeiros do Grupamento Marítimo; um quarto passageiro não sobreviveu e morreu no local Foto: AFP PHOTO / CARL DE SOUZA

Os sobreviventes foram encaminhados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Marcelo Freitas, 52, Hélio Gomes, 45, e Paulo Pereira Seixas, 55, sofreram ferimentos leves. O estado de saúde deles é estável. O piloto da aeronave foi resgatado e passou por procedimentos de reanimação durante 30 minutos. Mas não sobreviveu e morreu antes de ser levado ao hospital. Uma testemunha que presenciou o acidente disse que o helicóptero voava muito baixo.

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“Eu estava passando de carro, olhando para o mar, e vi o helicóptero como se estivesse pousando na água. De repente, ele caiu. Foi um impacto muito grande, muito forte”, relatou o estudante de publicidade Wallison Rodrigues, 28. Ele passava pela avenida Lúcio Costa, em frente à praia, no momento da queda.

De acordo com Rodrigues, a hélice da aeronave parecia funcionar normalmente. “Ela estava girando. Ele (helicóptero) foi descendo, descendo, e de repente perdeu a força e caiu. Aí ficou com a barriga pra cima”, narrou. Os primeiros socorros foram feitos por guarda-vidas que atuam na praia. Depois, bombeiros da região ajudaram no resgate, que contou com o apoio de dois helicópteros. Ao todo, 28 pessoas atuaram na operação, incluindo mergulhadores.

O chefe do Comando de Bombeiros de Área 8, coronel Marcelo Leite, disse que o batalhão foi acionado às 11h19. “Duas vítimas da queda estavam do lado de fora do helicóptero (quando o socorro chegou), e essas foram mais rápidas de retirar (do mar), com as motos aquáticas”, relatou.

No início da tarde, cinco investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (FAB) seguiram para o local do acidente e para o Hospital Lourenço Jorge para apurar as causas da queda.

“Nessa primeira fase nosso objetivo é colher dados e informações. Vamos conversar com os passageiros para saber o que eles viram durante a ocorrência”, afirmou o capitão Erick de Assis Cheve Costa, um dos investigadores destacados para apurar o acidente. “Eles são uma parcela importante para a nossa investigação, que não tem prazo para encerrar.”

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Informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) constataram que a aeronave era do modelo 206B, tinha capacidade para até quatro passageiros e estava apta a operar. O helicóptero foi fabricado em 1980, e seu Certificado de Aeronavegabilidade era válido até junho de 2020. A Inspeção Anual de Manutenção estava em dia.

O helicóptero foi adquirido em 2012 pela empresa Mapa Empreendimentos e Participações, que presta consultoria em gestão empresarial. A operadora do helicóptero será a responsável por retirá-lo do mar.

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