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Irmãos de 4, 5 e 11 anos morrem afogados ao pular na piscina de vizinho

Os três não sabiam nadar; polícia investiga se uma das crianças caiu na água e as outras entraram para tentar salvá-la

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Por Redação
Atualização:
Crianças teriam entrado escondidas no local para pegar uma pipa ou se refrescar na piscina, diz delegado que investiga o caso Foto: Marcos de Paula/Estadão

RIO - Três irmãos morreram afogados na piscina da casa de um vizinho em Petrópolis, na região serrana do Rio, no fim da tarde desta terça-feira, 20. Miguel Henrique, de 4 anos, Rayssa, de 5, e Matheus Henrique da Silva Alexandre, de 11, pularam o muro pelos fundos e não sabiam nadar, segundo a Polícia Civil.

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O delegado Alexandre Ziehe, titular da 105.ª DP, disse que as crianças entraram escondidas, possivelmente para pegar uma pipa ou se refrescar na piscina. Responsável pelo inquérito, Ziehe apura se uma delas caiu na água e as outras entraram para tentar salvá-la, ou se as três mergulharam e acabaram se afogando. A profundidade da piscina varia de 1,10 metro na parte mais rasa a 2,75 metros na mais funda.

A casa fica na Rua Professor Cardoso Fontes, no bairro Castelânea, e os irmãos moravam a cerca de 500 metros. A casa tem muros altos e uma grade de proteção em volta da piscina, disse o delegado.

Os três teriam entrado pelos fundos, por uma trilha, junto com outro irmão, de 12 anos. Ele contou à polícia que tentou salvá-los, mas também não sabe nadar, então deixou o local e voltou pela trilha para pedir ajuda à irmã mais velha, de 15. Ela acionou o pai, mas quando eles chegaram os três já estavam mortos.

O delegado disse que os donos do imóvel, um casal de aposentados, estavam dentro de casa quando houve a tragédia. Eles afirmaram não ter percebido a movimentação nem ouvido o barulho da água. Segundo Ziehe, as janelas já estavam fechadas.

Os pais das crianças estavam trabalhando no momento do acidente, por volta das 18 horas - a mãe é empregada doméstica, e o pai, pedreiro. Policiais realizaram uma perícia no local e os corpos só foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) quatro horas depois. O velório estava marcado para a manhã desta quarta-feira, 21. O delegado instaurou um inquérito e vai ouvir parentes e moradores para apurar responsabilidades.

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