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Justiça decreta prisão temporária de suspeito de matar PM de UPP

Denner de Almeida Barros seria o autor do ataque a Tarsis Doria Noia e outro policial no Complexo de São Carlos, na zona norte

Por Carina Bacelar
Atualização:

RIO - A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta sexta-feira, 26, a prisão temporária, por 30 dias, de Denner de Almeida Barros, suspeito de ter matado o policial Tarsis Doria Noia em ataque a tiros no dia anterior no Complexo de São Carlos, na zona norte da capital.

O crime aconteceu por volta de 7h30 desta quinta-feira no Morro do Zinco, parte do conjunto de favelas. De acordo com um policial militar que estava ao lado de Noia, ambos foram surpreendidos por um homem armado em uma escadaria da comunidade. O tiro atingiu o PM morto na região do peito.

Tarsis estava na corporação desde2001 e desde dezembro de 2014 era lotado na UPP São Carlos Foto: Governo do Rio de Janeiro/Divulgação

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A juíza Maria Izabel Pena Pieranti afirmou em sua determinação que "não se trata apenas de mais um homicídio, praticado em plena via pública, sob a luz do dia" e enfatiza que a morte de um policial evidencia "a ousadia de criminosos que, reiteradamente, desafiam todas as normas civilizadas de conduta".

O policial chegou a ser levado para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha dois filhos, era casado e entrou na Polícia Militar em 2001. Desde 2014, trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do São Carlos.

Nesta sexta-feira, agentes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) realizam uma operação no Complexo de São Carlos. Não há informações sobre prisões ou apreensões. 

Desde esta quarta-feira, 24, o Complexo de São Carlos vive clima de confronto. Um adolescente, uma mulher e um policial militar foram baleados durante trocas de tiros no Morro da Mineira, que faz parte do conjunto de favelas. A CPP informou que houve um tiroteio entre policiais e traficantes na favela. 

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