PUBLICIDADE

Justiça manda prender viúva da Mega-Sena, condenada por matar lavrador

Adriana Ferreira Almeida Nascimento foi considerada mandante do assassinato de Renné Senna, vencedor do prêmio de R$ 52 mi

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira, 10, a prisão da cabeleireira Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renné Senna, lavrador que foi morto em janeiro de 2007, dois anos após ganhar o prêmio principal da Mega-Sena, de R$ 52 milhões. Adriana foi condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão por ser mandante do assassinato, mas havia conseguido protelar o recolhimento a uma penitenciária.

+++ Viúva da Mega-Sena diz que não sabia que tinha direito à herança do marido

Adriana confirmou que transferiu R$ 1,8 mida conta conjunta que mantinha com o marido dias depois da morte dele Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

PUBLICIDADE

A ordem de prisão foi do juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito. Segundo ele, "não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise, que tem por objeto crime praticado há mais de uma década".

+++ Viúva da Mega-Sena é condenada a 20 anos de prisão pela morte do marido

De acordo com Pilderwasser, já foram esgotados os recursos possíveis à segunda instância. "Na hipótese em análise verifica-se o esgotamento da jurisdição em segunda instância, havendo sido interposto recurso especial ao qual não foi atribuído efeito suspensivo."

+++ Viúva da Mega-Sena foi ao banco dias após morte de marido, diz testemunha

O crime

Publicidade

O lavrador René Senna ficou milionário em 2005, quando ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença. Em 2006, Senna começou a namorar Adriana, 25 anos mais jovem do que ele. 

Senna foi morto a tiros em 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, na região metropolitana do Rio. Seis pessoas foram acusadas de cometer o crime, entre elas a viúva. Adriana foi inocentada em 2011, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça, por causa de uma irregularidade cometida durante o julgamento - dois jurados se comunicaram.

Em dezembro de 2016, Adriana foi julgada novamente e então condenada a 20 anos de prisão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.