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Local onde Marielle foi assassinada começa a ser preparado para reconstituição

Policiais devem utilizar munição de verdade durante a ação programada para as 22 horas

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Por Marcio Dolzan
Atualização:
Via onde ocorreu o crime está parcialmente bloqueada para reconstituição do crime Foto: Fabio Motta/Estadão

RIO - A Polícia Civil e soldados das Forças Armadas já iniciaram os preparativos para a reprodução simulada (reconstituição) do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A via onde ocorreu o crime está parcialmente bloqueada e equipamentos que serão utilizados na simulação da noite desta quinta já chegaram ao local.

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Os soldados do Exército chegaram em cinco caminhões com equipamentos como um gerador com refletores e uma retroescavadeira. Uma proteção balística foi instalada na esquina da rua João Paulo I, no Estácio, local do crime. Sacos de areia foram colocados na calçada, já que os policiais pretendem fazer disparos com munição de verdade durante a reprodução assistida, marcada para começar às 22h desta quinta.

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Duas horas antes, três ruas do entorno serão fechadas. Lonas escuras foram colocadas em grades próximas ao local do crime para impedir que curiosos acompanhem a reconstituição.

Soldados do Exército chegaram com equipamentos como um gerador com refletores e uma retroescavadeira Foto: Fabio Motta/Estadão

Quatro testemunhas que passavam pelo local no momento do crime participarão da simulação. Elas serão colocadas nos locais exatos onde estavam. A intenção da polícia é que as testemunhas tentem identificar o som dos tiros para esclarecer se a arma utilizada pelos criminosos foi uma pistola ou uma submetralhadora.

Carta

Apontado por uma testemunha como um dos mandantes do assassinato de Marielle, Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como "Orlando de Curicica" e acusado pela Polícia de ser chefe de uma milícia e ter ordenado o assassinato de Marielle, escreveu uma carta se defendendo. Ele está preso no Complexo de Gericinó acusado de crime semelhante, ocorrido em 2015.

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Na carta, divulgada pelo portal G1, Orlando de Curicica afirma que não tem "qualquer envolvimento nesse crime bárbaro". Afirma ainda que "com todo respeito à vereadora Marielle, eu nunca tinha ouvido falar dela".

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