Menino de 11 anos é assassinado na favela Cidade de Deus

A polícia suspeita de execução, mas informa que é preciso esperar a conclusão das investigações

PUBLICIDADE

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO -Duas pessoas morreram, entre elas uma criança, durante tiroteio na noite desta quarta-feira, 23,na favela Cidade de Deus, no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. A polícia suspeita de execução, mas informa que é preciso esperar a conclusão das investigações. De acordo com testemunhas, homens a bordo de um carro preto entraram na comunidade atirando.

PUBLICIDADE

Marcos Vinicius dos Santos, de 11 anos, foi socorrido por parentes após ser atingido por um dos tiros. A segunda vítima não teve a identidade revelada. Os dois foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, mas não resistiram aos ferimentos.

Marcos Vinicius ajudava o pai, feirante, numa barraca de frutas. Ele tentou se proteger e correu. Foi baleado nesse momento. O tiro atravessou o braço e atingiu o peito da criança. “Perdi a metade de mim. Mataram uma criança, um anjo”, disse o pai do menino, o feirante Marcos dos Santos, em entrevista ao “Bom dia Rio”, da Tv Globo. “Os caras chegaram atirando em todo mundo, até em criança que estava na rua”.

Outras duas pessoas ficaram feridas - um adolescente e uma mulher - e foram atendidas no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também zona oeste da cidade. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na comunidade, os policiais foram chamados por moradores que disseram ter ouvido os disparos na Rua Josafá, dentro da favela, e relataram que havia baleados.

Depois das mortes, moradores fizeram protesto e atearam fogo em lixo. O Centro de Operações Rio informou que a Rua Edgard Werneck e a Estrada Marechal Salazar Mendes de Moraes ficaram fechadas por quase três horas, na noite de quarta-feira. O Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) reforçou a segurança no local. A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil assumiu a investigação do caso.  

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.