
22 de setembro de 2019 | 23h39
RIO - Mesmo com chuva, milhares de pessoas ocuparam a praia de Copacabana para a 24.º Parada do Orgulho LGBT, neste domingo, 22. O evento contou com nove trios elétricos e shows das cantoras Pabllo Vittar e Lexa. Além da festa, houve espaço para protestos e luta contra o preconceito.
A concentração começou às 11h da manhã, na Avenida Atlântica. O tema do ato esse ano foi “Pela democracia, liberdade e direitos: ontem, hoje e sempre”, em referência aos 40 anos do Movimento LGBTI no Brasil e 50 anos da Revolta de Stonewall, contra frequentes batidas policiais em um bar frequentado pela comunidade LGBTI em Nova York.
O desfile teve início às 14h30 e foi até o começo da noite. Manifestantes lotaram a praia com adereços e fantasias. Um bandeirão de 120 metros com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBTI, foi estendido.
Faixas de protesto mencionavam temas como homofobia, liberdade sexual e educação. "Vamos nos unir por uma educação pública, laica e plural. Porque o beijo é livre! Censura nunca mais", dizia uma delas, em referência à tentativa de censura na Bienal do Livro, quando o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, mandou recolher livros da série Marvel em que dois personagens masculinos se beijavam.
A vereadora Marielle Franco, morta a tiros em março de 2018, também foi lembrada. Ela era casada com Monica Benício e defensora da causa LGBTI.
A Guarda Municipal do Rio mobilizou 250 guardas e sete viaturas para acompanhar o evento. O esquema especial se concentrou no ordenamento urbano e na orientação do trânsito. Equipes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e da Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamento e Reboques (Cfer) atuaram com reboques nas imediações para coibir o estacionamento irregular.
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