A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, inaugurou nesta quinta-feira, 27, o novo sistema de acesso e cobrança ao Cristo Redentor. O visitante agora pagará R$ 13 para chegar ao monumento, cujo ingresso de R$ 5 estava suspenso há dez meses. O principal acesso, a Estrada do Corcovado, está interditado para veículos e o transporte agora é feito exclusivamente por vans com ar refrigerado de uma empresa particular, que venceu a licitação aberta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela administração do Parque Nacional da Tijuca. "É a continuidade do grande esforço para este lugar maravilhoso, que é o cartão de visitas do Rio, possa funcionar de acordo com a expectativa da população", disse Marina. A ministra afirmou que os recursos arrecadados nas bilheterias do Corcovado, estimados em R$ 5 milhões ao ano, serão investidos na recuperação do Parque Nacional da Tijuca, onde estão situados outros pontos turísticos como a Vista Chinesa, o Mirante Dona Marta, a Pedra da Gávea, o Parque Lage, entre outros. Além de recuperação de encostas e replantio de árvores nativas, está previsto investimento em segurança com a instalação de 32 câmeras de vigilância. "Quatro já foram instaladas. O trabalho atrasou porque roubaram a fiação. Estamos estudando uma nova forma para instalar o equipamento", revelou o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco. Apesar das melhorias na sinalização para os motoristas no caminho até a entrada do Corcovado, na Estrada das Paineiras, a bifurcação mais perigosa continuava até esta quinta-feira, 27, sem nenhuma placa. O motorista que vem pelo bairro do Cosme Velho, ao chegar no final da Rua Conselheiro Lampréia, deve virar à direita, pois caso vire à esquerda, o visitante entra na Favela do Cerro-Corá, no Cosme Velho. O novo sistema provocou protestos do prefeito Cesar Maia que criticou a cobrança em sua mala direta. "São quase oito dólares. Um assalto à mão armada do Ibama do Lula", escreveu o prefeito. Motoristas de vans de uma cooperativa que atuava no local protestaram antes da inauguração. Eles entraram com uma ação na 23ª Vara da Justiça Federal para anular a concorrência que escolheu a empresa Beltur para explorar o transporte de passageiros. "Não tivemos acesso ao edital de licitação e entendemos que o processo foi fraudulento", disse Fernando da Silva, da Corcovado Carro Service. Na quarta-feira, 26, o Batalhão de Choque foi até a entrada do monumento para retirar os motoristas que se negavam a deixar o local. Acusados de cobrar acima da tabela para os visitantes, os motoristas da cooperativa são investigados por formação de quadrilha na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat).