Moradora é baleada e se torna a 19ª vítima dos confrontos no Complexo do Alemão

Operação conjunta das polícias Civil e Militar combate roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna no Rio  

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Uma moradora morreu baleada na manhã desta sexta-feira, 22, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Segundo relatos de moradores, Solange Mendes da Silva, de 49 anos, foi atingida por policiais; a corporação nega. Agora são 19 mortos na comunidade após o início de uma operação contra roubo de veículos realizada pelas polícias Civil e Militar desde as primeiras horas da quinta-feira.

A operação está entre as mais letais em comunidades do Rio de Janeiro. Em junho de 2007, 19 pessoas morreram também no Complexo do Alemão; em maio de 2021 confrontos no Jacarezinho deixaram 28 mortos; em maio deste ano, na Vila Cruzeiro, 25 pessoas morreram em confrontos.

A operação contou com 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de carros nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna. Foto: Silvia Izquierdo/AP

PUBLICIDADE

A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que uma das bases da UPP Nova Brasília “foi atacada por criminosos efetuando disparos de arma de fogo” e negou revide. “Não houve confronto envolvendo os policiais militares que estavam no local”, disse, em nota. “Após cessar o ataque criminoso, uma mulher foi encontrada ferida e foi socorrida pelos policiais militares para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.”

Os moradores negam a versão da PM. Em uma postagem no Twitter, o jornalista e fundador do jornal comunitário Voz das Comunidades informou que a vítima desta sexta-feira foi atingida por um policial de acordo com relatos de testemunhas. 

“Dona Solange Mendes morreu agora de manhã aqui no Complexo do Alemão, por volta das 8h30 da manhã durante ação da UPP Nova Brasília para remoção deste concreto. Segundo vizinhos, ela foi baleada por um policial que se assustou quando a moradora passava no beco”, diz a publicação.

O clima é tenso depois que a operação integrada resultou na morte de 18 pessoas. Nesta sexta-feira, unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) também atuam na comunidade. Moradores ainda ouvem o som de tiros.

Segundo a PM, foram mortos 16 suspeitos, uma moradora vítima de bala perdida (Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro de um carro) e um policial militar (o cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço).

Publicidade

A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna, na mesma região. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.