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MP investiga vice da Guiné e suposto repasse à Beija-Flor

Teodoro Nguema Obiang Mangue, filho do presidente, é suspeito de lavagem de dinheiro; origem do patrocínio da escola é controversa

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - O Ministério Público Federal investiga o vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, suspeito de ter praticado crime de lavagem de dinheiro no Brasil, e vai estender a apuração ao suposto repasse de verbas do governo para o desfile da escola de samba do Rio Beija-Flor, que homenageou o país em seu desfile, campeão do carnaval deste ano.

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Segundo o jornal O Globo desta sexta-feira, 20, o procedimento foi iniciado em 2013 pelo procurador da República Orlando Cunha, que troca informações com os governos dos Estados Unidos e da França. O vice-presidente, que é filho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, tem imóveis de alto padrão e carros de luxo nos três países.

A origem do patrocínio que viabilizou o desfile da Beija-Flor, orçado em mais de R$ 10 milhões, é controversa. O governo da Guiné Equatorial nega ter dado o dinheiro e informa que 30 empresas do país arrecadaram entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões para a escola.

A agremiação já afirmou que empresas brasileiras com negócios no país é que a patrocinaram. 

Nesta quinta-feira, 19, o Estado publicou uma informação equivocada sobre uma das companhias citadas, a Andrade Gutierrez. A empresa divulgou que não financiou a Beija-Flor, mas confirma ter projetos em andamento na Guiné Equatorial - ao contrário do que foi divulgado.

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